Inglês (Devonyu/Thinkstock)
Claudia Gasparini
Publicado em 9 de novembro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 9 de novembro de 2017 às 06h00.
São Paulo — O Brasil caiu da 40ª para a 41ª posição em novo ranking de proficiência em inglês divulgado recentemente pela EF Education First, empresa especializada no ensino de idiomas. Com essa classificação, o país se enquadra na categoria de “baixa proficiência” na língua.
A queda do Brasil foi registrada apesar de termos obtido uma nota (51,92) um pouco acima da registrada no ano passado (50,66). Com a nota, ficamos atrás de países como Nigéria (31º) e Vietnã (34º), e em último lugar entre os BRICS.
Feito anualmente, o estudo avaliou mais de 1 milhão de adultos que não têm o inglês como idioma nativo. Foram aplicados testes online de gramática, leitura e compreensão em mais de 80 países e territórios.
Desde a criação do ranking, o Brasil sempre esteve no grupo de proficiência "baixa" — exceto em 2012, quando caiu para a categoria "muito baixa". Para alcançar o grau "moderado", o país precisaria subir quase dois pontos no índice.
Estamos em 4º lugar na América Latina — que ainda está abaixo da média global, apesar da melhora no desempenho da Colômbia e do Panamá. Apesar de ter obtido uma pontuação inferior à do ano passado, a Argentina é a melhor da região nesse quesito.
Embora o Brasil tenha sido enquadrado na categoria de “baixa proficiência”, nem todas as regiões foram tão mal no teste. O Distrito Federal obteve a melhor nota do país (53,73), com nível de domínio considerado “moderado”, assim como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
O Mato Grosso ficou com a pior nota entre os estados brasileiros (45,40), quase dois pontos abaixo do Amazonas (47,23), penúltimo colocado do ranking nacional.
Veja a seguir a comparação entre 18 das 27 unidades federativas que entraram na avaliação. Os estados ausentes na lista não tiveram a quantidade mínima de participantes para ter relevância estatística:
| UF | Pontuação | Faixa de proficiência |
|---|---|---|
| Distrito Federal | 53,73 | Moderada |
| Rio Grande do Sul | 53,06 | Moderada |
| Paraná | 52,94 | Moderada |
| São Paulo | 52,89 | Moderada |
| Santa Catarina | 52,6 | Moderada |
| Mato Grosso do Sul | 52,48 | Baixa |
| Rio de Janeiro | 52,21 | Baixa |
| Minas Gerais | 51,03 | Baixa |
| Ceará | 50,89 | Baixa |
| Maranhão | 50,88 | Baixa |
| Pernambuco | 50,56 | Baixa |
| Espírito Santo | 49,96 | Baixa |
| Paraíba | 49,18 | Baixa |
| Pará | 48,5 | Baixa |
| Rio Grande do Norte | 48,45 | Muito baixa |
| Bahia | 48,42 | Muito baixa |
| Goiás | 48,24 | Muito baixa |
| Amazonas | 47,23 | Muito baixa |
| Mato Grosso | 45,4 | Muito baixa |
Na comparação global, o 1º lugar ficou com a Holanda, cujo grau de proficiência é avaliado como “muito alto”, enquanto o último ficou com o Laos, cujo grau de domínio do idioma é considerado “muito baixo”.
A Europa lidera o ranking, com 8 países nas 10 primeiras posições. Já o Oriente Médio concentra os países com pior desempenho no teste.
De forma geral, as mulheres falam inglês melhor do que os homens, e os mais jovens têm nível de proficiência superior ao dos mais velhos.
O conhecimento do inglês também é diretamente proporcional ao desenvolvimento econômico e social de cada país: aqueles com maior domínio da língua tendem a ter maiores níveis de qualidade de vida, renda per capita e investimento em inovação.
O relatório completo está disponível no site da EF Education First. Veja abaixo o ranking global, no qual foram analisados os 80 países que tiveram o número mínimo de participantes para entrar na avaliação:
| Posição no ranking | País | Faixa de proficiência |
|---|---|---|
| 1 | Holanda | Muito alta |
| 2 | Suécia | Muito alta |
| 3 | Dinamarca | Muito alta |
| 4 | Noruega | Muito alta |
| 5 | Singapura | Muito alta |
| 6 | Finlândia | Muito alta |
| 7 | Luxemburgo | Muito alta |
| 8 | África do Sul | Muito alta |
| 9 | Alemanha | Alta |
| 10 | Áustria | Alta |
| 11 | Polônia | Alta |
| 12 | Bélgica | Alta |
| 13 | Malásia | Alta |
| 14 | Suíça | Alta |
| 15 | Filipinas | Alta |
| 16 | Sérvia | Alta |
| 17 | Romênia | Alta |
| 18 | Portugal | Alta |
| 19 | Hungria | Alta |
| 20 | República Tcheca | Alta |
| 21 | Eslováquia | Alta |
| 22 | Bulgária | Moderada |
| 23 | Grécia | Moderada |
| 24 | Lituânia | Moderada |
| 25 | Argentina | Moderada |
| 26 | República Dominicana | Moderada |
| 27 | Índia | Moderada |
| 28 | Espanha | Moderada |
| 29 | Hong Kong | Moderada |
| 30 | Coreia do Sul | Moderada |
| 31 | Nigéria | Moderada |
| 32 | França | Moderada |
| 33 | Itália | Moderada |
| 34 | Vietnã | Moderada |
| 35 | Costa Rica | Moderada |
| 36 | China | Baixa |
| 37 | Japão | Baixa |
| 38 | Rússia | Baixa |
| 39 | Indonésia | Baixa |
| 40 | Taiwan | Baixa |
| 41 | BRASIL | Baixa |
| 42 | Macau | Baixa |
| 43 | Uruguai | Baixa |
| 44 | México | Baixa |
| 45 | Chile | Baixa |
| 46 | Bangladesh | Baixa |
| 47 | Ucrânia | Baixa |
| 48 | Cuba | Baixa |
| 49 | Panamá | Baixa |
| 50 | Peru | Baixa |
| 51 | Colômbia | Baixa |
| 52 | Paquistão | Baixa |
| 53 | Tailândia | Baixa |
| 54 | Guatemala | Baixa |
| 55 | Equador | Baixa |
| 56 | Tunísia | Baixa |
| 57 | Emirados Árabes Unidos | Baixa |
| 58 | Síria | Muito baixa |
| 59 | Catar | Muito baixa |
| 60 | Marrocos | Muito baixa |
| 61 | Sri Lanka | Muito baixa |
| 62 | Turquia | Muito baixa |
| 63 | Jordânia | Muito baixa |
| 64 | Azerbaijão | Muito baixa |
| 65 | Irã | Muito baixa |
| 66 | Egito | Muito baixa |
| 67 | Cazaquistão | Muito baixa |
| 68 | Venezuela | Muito baixa |
| 69 | El Salvador | Muito baixa |
| 70 | Omã | Muito baixa |
| 71 | Mongólia | Muito baixa |
| 72 | Arábia Saudita | Muito baixa |
| 73 | Angola | Muito baixa |
| 74 | Kuwait | Muito baixa |
| 75 | Camarões | Muito baixa |
| 76 | Argélia | Muito baixa |
| 77 | Camboja | Muito baixa |
| 78 | Líbia | Muito baixa |
| 79 | Iraque | Muito baixa |
| 80 | Laos | Muito baixa |