Um dos países que mais atrai estudantes internacionais é o Reino Unido (Nadiia Borodai/Getty Images)
Repórter
Publicado em 26 de junho de 2025 às 18h02.
Brasileiros seguem apostando em estudar fora - e o inglês continua sendo o principal passaporte acadêmico. Segundo dados da ETS, responsável pelo TOEFL iBT, 71% dos brasileiros que realizam o exame o fazem com o objetivo de estudar no exterior. Os destinos mais procurados são Estados Unidos (63%), Reino Unido (31%) e Canadá (23%).
"Esses países são os mais buscados porque possuem instituições acadêmicas de renome mundial, ampla variedade de programas de pós-graduação e forte apoio aos estudantes internacionais", afirma Omar Chihane, diretor global do TOEFL.
A tendência acompanha o crescente interesse dos jovens por internacionalização. Um estudo da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), publicado em 2024, revelou que 85,7% dos estudantes brasileiros têm interesse em realizar intercâmbio.
Esses países também, de acordo com Chihane, oferecem estruturas de graduação mais flexíveis em comparação com o sistema universitário tradicionalmente especializado do Brasil.
"Para os estudantes brasileiros que buscam estudos interdisciplinares ou de pós-graduação, esses destinos oferecem oportunidades para personalizar sua trajetória acadêmica, seja combinando áreas como publicidade e gerenciamento de projetos, seja explorando programas transversais dentro de negócios ou tecnologia", afirma.
Boa parte dos candidatos brasileiros têm mais de 30 anos (39%) ou estão entre 22 e 26 anos (33%). A principal motivação é a pós-graduação (33%) - como mestrado, doutorado ou MBA-, seguida por graduação (13%) e especializações (13%).
As áreas mais visadas incluem Administração, Direito, Engenharia/Tecnologia e Medicina.
"Essas áreas por serem mais amplas atraem muitos candidatos brasileiros ao TOEFL, porque abrem portas para o mercado de trabalho internacional e estudos de pós-graduação avançados", diz o diretor global do TOEFL.
No Brasil, o executivo explica que as universidades costumam oferecer cursos mais especializados, enquanto os alunos que buscam educação internacional são atraídos por áreas mais amplas que lhes permitem desenvolver o conhecimento existente e mudar de carreira. "Por exemplo, alguém com graduação em publicidade pode fazer uma pós-graduação em gerenciamento de projetos, que se enquadra na área de negócios", diz Chihane.
O TOEFL iBT é um dos testes para quem deseja estudar fora, já que é aceito por mais de 13 mil instituições ao redor do mundo, e neste ano promete inovações, afirma Chihane.
“Estamos tornando o TOEFL mais justo, flexível e relevante, para que nenhum aluno fique para trás por como ou onde aprendeu”, afirma.
As mudanças anunciadas pela ETS já começaram a ser implementadas na versão Home Edition. Entre as melhorias estão:
A partir de janeiro de 2026, o teste também será adaptativo nas seções de leitura e audição, ajustando-se ao desempenho do candidato. A pontuação também será atualizada com uma nova escala de 1 a 6, em alinhamento ao Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR).
"A tecnologia de áudio aprimorada melhora a clareza para todos os participantes do teste, e nossos materiais de preparação gratuitos ajudam a nivelar o campo de atuação, independentemente da formação", afirma Chihane.
Outras melhorias incluem:
"A entrega mais rápida dos resultados significa um prazo de resposta mais curto para inscrições com prazos apertados. O conteúdo atualizado garante que o teste reflita a experiência acadêmica inclusiva e internacional de hoje, o que é especialmente importante para alunos que buscam pós-graduação em áreas como negócios, direito ou engenharia", diz Chihane que reforça que para quem sonha com uma carreira internacional, dominar o inglês é mais que um diferencial - é um pré-requisito.