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Claudia Gasparini
Publicado em 20 de outubro de 2017 às 15h00.
Última atualização em 20 de outubro de 2017 às 15h00.
São Paulo — Um estudo feito pela consultoria Page Talent em parceria com a Inova Business School revelou quem são as figuras públicas que mais inspiram a carreira da geração Z, grupo de jovens nascidos na década de 1990.
O número 1 do ranking sugere um esvaziamento de referências para a juventude: 10% dos entrevistados apontaram “ninguém” como modelo.
Na segunda posição, aparece o fundador da Apple, Steve Jobs (8%), seguido pelo empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann (5%).
Outros nomes que apareceram na lista foram os de Silvio Santos (4%), Jesus Cristo (3%) e Mark Zuckerberg (2%). Nenhuma mulher aparece entre os 9 nomes mais lembrados.
“Na era dos influenciadores digitais e ícones de relevância passageira, nosso espectro de influência fica extremamente amplo”, diz Manoela Costa, gerente executiva da Page Talent. “Ficou ainda mais difícil identificar quem é o melhor porta-voz para essa geração”.
Conduzido entre abril e maio de 2017, o estudo ouviu mais de 4 mil candidatos a programas de estágio e trainee, além de 310 representantes de RH de empresas de diversos setores e portes.
Veja abaixo o ranking:
Numa escala de 1 a 3, as figuras que mais exercem influência sobre a carreira da geração são “empreendedores de sucesso” (2,5), “inovadores de sucesso” (2,47) e a própria mãe (2,45).
O pai (2,18) aparece depois de pesquisadores de sucesso (2,19), amigos (2,21), professores (2,42) e executivos de sucesso (2,42).
“Dois tipos de referências se destacam: figuras inatingíveis, que são exemplos de sucesso, e figuras familiares, com quem é possível trocar informações, experiências e opiniões”, diz Manoela Costa.
As categorias com menos influência são celebridades (1,28), influenciadores digitais (1,54), líderes políticos (1,54) e redes sociais (1,90).
O empregador ideal, na visão dos entrevistados, tem como prioridades a preservação da qualidade de vida de seus colaboradores (68%), responsabilidade social (48%) e ambiental (29%), além de compromisso com a inovação e tecnologia (28%).
Na hora de avaliar uma oportunidade de emprego, o aspecto mais valorizado pela geração Z é a existência de um plano de carreira estruturado (61%), que aparece à frente do valor do salário ou bolsa auxílio (45%).
O desejo dos jovens não está em consonância com sua realidade: segundo o estudo, 65% deles não veem possibilidades claras de crescimento nas empresas em que trabalham. Apenas 44% dos profissionais de RH disseram efetivar até 30% do seu contingente de estagiários.
O levantamento também pediu aos jovens que elegessem as três qualidades mais importantes em um líder. A conclusão é que a geração Z sonha com gestores inspiradores (50%), abertos (35%) e dinâmicos (16%).
“Os jovens buscam gestores menos presos ao operacional diário e que trabalhem com altas ambições e ritmo”, diz Costa. “Essa projeção claramente também está ligada a quem eles gostariam de se tornar quando assumirem a cadeira de gerente”.