Jornalistas trabalhando: salário do profissional de comunicação no Brasil pode ser até 7 vezes maior que no resto do Cone Sul (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 22h24.
São Paulo - Os profissionais da comunicação no Brasil ganham mais que os do resto dos países do Cone Sul, chegando alguns a ter salário sete vezes maior em alguns cargo, de acordo com estudo do Ipea divulgado nesta segunda-feira em São Paulo.
Segundo a análise, tanto no cinema como no jornalismo, tradicional e digital, os trabalhadores brasileiros são mais bem remunerados que os profissionais de Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, embora a diferença varie muito de acordo com o posto.
Em 2012 o redator-chefe de um jornal ganhava mensalmente em média R$ 9.950 no Brasil. Na Argentina, o mesmo cargo tinha salário mensal médio de R$ 7.960 reais; 4.274 reais no Uruguai; R$ 2.388 no Chile; e no Paraguai R$ 1.314.
As diferenças comparativamente eram muito menores para um repórter de rádio, que recebia R$ 2.473 no Brasil; R$ 2.157 no Chile; R$ 1.978 na Argentina e R$ 1.588 no Uruguai, segundo o estudo, que não deu os dados do Paraguai para essa função.
"O Brasil é o país que melhor remunera os profissionais desta área em comparação com outros países do Cone Sul, que concentram baixas remunerações salariais", explicou hoje o autor da análise, o professor Adolpho Queiroz.
A terceira edição do estudo "Panorama das Comunicações e Telecomunicações no Brasil 2012-2013" foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e a Federação Brasileira de Associações Científicas de Comunicação (Sociocom).
"O projeto surge com a intenção de democratizar a comunicação em consonância com a proposta do Ipea em relação ao fomento de políticas públicas", explicou o assessor e organizador João Cláudio Garcia. EFE