Os principais destaques (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2013 às 11h36.
Gerundismo foi um termo criado para designar a prática de utilizar o gerúndio em demasia, de forma a se tornar um vício de linguagem, um modismo vocabular. É um hábito que o falante adquire e que perante a linguagem padrão é considerado errôneo.
Muito foi falado por grandes nomes da gramática sobre tal uso, o que contribuiu para conscientizar as pessoas de que é errado, ou até mesmo para esclarecer aos que desconheciam, mas ainda assim, isso ocorre com frequência.
Se você for atendido por alguém que vai estar mandando ou vai estar ligando ou vai estar fazendo, por favor, explique delicadamente que:
O certo é: O verbo deve ser expresso com o infinitivo ou simplesmente no futuro, conforme as formas a seguir: ‘’_eu vou ligar..., ou, mandarei..., ou, eu farei... ’’.
O verbo no Modo Indicativo em geral exprime ideias objetivas, não podendo, portanto, gerar uma dependência. Exemplo: ‘’Mandarei a proposta para sua análise’’. É uma afirmação que não deixa dúvidas sobre o que vai acontecer.
O gerúndio acontece com o que está em movimento, está em curso, um processo que tem certa duração. Exemplo: ‘’Na próxima quarta, quando você estiver viajando, eu estarei preparando as palestras. ’’
Esta formação está correta para expressões que mostram uma ação a ser praticada no futuro e que deverá ocorrer simultaneamente a outra ação, também no futuro.
Seria gerundismo se disséssemos:
‘’Na próxima quarta, quando você estiver viajando, eu vou estar preparando as palestras‘’.
Aqui temos a formação do verbo ir + verbo estar + verbo no gerúndio. É desnecessário não acha? Não é um excesso de formas verbais? Simplifique! Ficará correto, objetivo e elegante.
*Reinaldo Passadori é presidente e fundador do Instituto Passadori – Educação Corporativa