ESG: cargos no ramo aliam altos salários, um trabalho com propósito, uma grande oferta de vagas e um grande potencial de crescimento. (Khanchit Khirisutchalual/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 08h00.
Última atualização em 6 de abril de 2023 às 09h49.
Construir uma carreira de sucesso não é tarefa fácil. Independentemente da área, é necessário um longo caminho e esforço para se destacar. Mas alguns setores oferecem mais oportunidades de crescimento do que outros, e essa diferença está relacionada ao contexto sócio econômico.
Durante a pandemia, por exemplo, as big techs apresentaram um forte crescimento com a acelerada digitalização de empresas e processos no mundo todo. Hoje, uma das demandas mais urgentes é a da sustentabilidade, e, por isso, o especialista em ESG virou alvo das empresas.
Não à toa, o ESG também desponta como uma das áreas mais promissoras do mercado de trabalho para 2023. Os cargos no ramo aliam altos salários, um trabalho com propósito, uma grande oferta de vagas e um grande potencial de crescimento.
Para ajudar quem deseja trabalhar com ESG, mas não sabe ao certo por onde começar, a EXAME Academy apresenta, entre os dias 10 e 18 de abril, uma série de encontros virtuais e gratuitos sobre o tema.
Apresentado por Renata Faber, diretora de ESG da EXAME, o treinamento Carreira em ESG abordará desde assuntos mais básicos (como a definição do que é ESG) até reflexões aprofundadas sobre como o tema impacta o mercado e a economia global atualmente. Seu principal objetivo, no entanto, é mostrar aos participantes como começar a construir uma carreira em ESG.
“Vou mostrar como é possível conquistar um trabalho com propósito real aliado a salários mais altos e mostrar o mapa para construir uma carreira em ESG”, promete Renata.
Após assistirem aos quatro vídeos, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo. Para ter acesso ao conteúdo gratuitamente, os interessados devem se inscrever no site oficial do projeto clicando no botão abaixo.
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A remuneração da área de ESG depende, assim como todos os setores, do nível de senioridade do profissional. De acordo com dados do Glassdoor, plataforma em que funcionários divulgam seus salários de forma anônima, um gerente de sustentabilidade recebe, em média, R$ 19 ao mês, podendo chegar a R$28.333,00 em algumas empresas.
Já o Guia Salarial 2023 da Robert Half, maior empresa de recrutamento especializado do mundo, a remuneração de quem trabalha com ESG pode chegar até R$35 mil para cargos mais estratégicos e no mercado financeiro, setor que tradicionalmente tem uma remuneração acima das demais áreas.
Para cargos iniciais, a remuneração varia de R$ 10 mil a R$ 12 mil. A alta demanda faz com que um gerente de sustentabilidade receba quase o mesmo que um diretor da área, cargo que está acima na escala hierárquica e que registra uma média salarial de R$ 20.150 ao mês.
Os profissionais de ESG são aqueles capazes de entender, implementar e medir os impactos dos padrões de responsabilidade social, governança e sustentabilidade no desempenho dos negócios. Dentre as principais atribuições desse profissional, estão:
O profissional de ESG precisa dominar 4 conceitos e habilidades para atuar na área:
Isso significa que, apesar de todas as áreas do E, do S e do G impactam uma empresa em maior ou menor grau, para cada empresa, há uma questão que se sobressai mais: que será preciso olhar, cuidar e transformar.
É ter a mente aberta e ser questionador para ver além do que já está estabelecido e encontrar novos caminhos. E ser também bastante flexível para conseguir promover mudanças.
Este profissional precisa ter habilidades de gestão para ouvir todos os lados, porque ele vai precisar entender as demandas de diferentes áreas para chegar em um consenso.
Para além da teoria, a sigla representa um conjunto de práticas adotadas por empresas, órgãos e pessoas com foco no desenvolvimento sustentável tanto para o meio ambiente, quanto para a sociedade. No fim, as exigências visam tornar a governança corporativa mais responsável e transparente com relação a sua tomada de decisões.
O conceito busca garantir que o desenvolvimento de uma empresa ou as ações de um indivíduo não sejam acompanhados, por exemplo, por trabalho irregular, discriminação social, poluição do meio ambiente, destruição de ecossistemas, fraudes fiscais; mas sim por diversidade, responsabilidade social, gestão de resíduos e impacto positivo na sociedade.
Com a crise climática, a necessidade de preservação do planeta e o olhar atento para a igualdade social, as empresas têm se direcionado para o ESG. A sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança já é prioridade na agenda de 95% das empresas brasileiras e está na lista de 48% dos CEOs nacionais, apontou um levantamento recente feito pela Aberje.
O tema tem ganhado cada vez mais relevância no âmbito social, mas também no financeiro. Uma avaliação da Bloomberg Intelligence revelou que o setor já movimenta US$ 30 trilhões, e as estimativas é de que esse valor atinja os US$ 53 trilhões (aproximadamente R$ 280 trilhões) nos próximos 2 anos.
Além disso, o ESG tem sido cada vez mais relevante para investidores na hora de aportar e para consumidores na hora de escolher de quais empresas comprar produtos e contratar serviços.
Com um impacto direto no bolso, aumenta a urgência das instituições em implementar áreas específicas com foco em ESG e nos impactos que seus negócios causem no meio ambiente e na sociedade. Essa busca acelera também a demanda por profissionais para tornar isso possível. Por isso, as vagas em ESG são cada vez mais comuns e estão disponíveis em centenas de sites como LinkedIn e Glassdoor.