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Como agir durante a prova oral de concursos públicos

Fase é semelhante ao cenário de uma entrevista de emprego; por isso, a postura é tão importante quanto o conhecimento

Entrevista de Emprego (Getty Images)

Entrevista de Emprego (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 11h36.

Como se portar durante a prova oral de concursos públicos  
Respondido por Guilherme Madeira, juiz e professor do Complexo Educacional Damásio de Jesus

A temida prova oral acaba por derrubar muitos bons candidatos por conta de alguns detalhes que, quando esquecidos, são fatais.
O maior problema talvez consista no esquecimento de que a prova oral corresponde, em algum grau, a uma entrevista de emprego. Assim, a orientação básica é: não faça durante a prova oral o que não faria em uma entrevista de emprego.

Comecemos, então, pelos trajes. Para os homens, recomenda-se o uso de ternos sóbrios, de cores tradicionais. Assim, a dica é usar terno azul escuro ou preto, com camisa branca e gravata azul. É altamente desaconselhável o uso de ternos de cores incomuns, como roxo ou azul claro, e combinações diferentes, por exemplo, de camisa preta com gravata amarela ou algo equivalente. Seja sóbrio.

Para as mulheres, recomenda-se especial atenção. Aqui, vale sempre a regra de que menos é mais. Dessa forma, a mulher deve se lembrar que a prova oral não é o dia de seu casamento. Assim, o uso de maquiagem só é permitido se esta for leve e discreta. O cabelo também deve obedecer à mesma regra: não deve ser o mesmo cabelo que ela usaria em seu baile de formatura. Lembre-se: trata-se de entrevista de emprego.

Quanto à roupa, deve-se tomar cuidado com decotes (altamente desaconselháveis) e com o comprimento da saia. Saias curtas são reprováveis, pois, além de passar imagem de inadequação para o cargo, também causam desconforto na candidata (imagine se tiver de ficar puxando a saia para baixo durante a realização do exame).

Vamos à questão da postura em si. Deve-se tomar cautela com o uso da linguagem, mantendo-se no padrão culto da norma, mas sem exageros. Vale dizer: o candidato não deve usar linguagem arcaica. É importante lembrar que o estilo rococó ou parnasiano só cai bem em poesias, e olhe lá.

Por outro lado, não se deve resvalar para o outro extremo. Assim, a utilização de gírias certamente não é recomendável durante a prova. Expressões como “tipo assim” são altamente reprováveis.

O candidato também deve manter postura serena durante as respostas. O candidato não é regente de uma orquestra, por isso, para evitar o uso exagerado de suas mãos, mantenha-as sobre a mesa ou colo.

Para que tudo saia como o esperado e desejado, é importante que o candidato treine em casa. Isso permitirá que avalie com rigor sua própria apresentação.

 

Guilherme Madeira Dezem é juiz de Direito em São Paulo. Professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie e no Complexo Educacional Damásio de Jesus.
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