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Como preparar um mapa mental para entrevistas de emprego?

Em uma entrevista de emprego, estar preparado é fundamental - tanto para candidatos quanto para recrutadores. Veja como se apresentar por meio dessa tática

A tática do mapa mental foi criada por Tony Buzan, um autor e consultor educacional britânico, na década de 1970 (FreshSplash/Divulgação)

A tática do mapa mental foi criada por Tony Buzan, um autor e consultor educacional britânico, na década de 1970 (FreshSplash/Divulgação)

Publicado em 23 de novembro de 2024 às 08h01.

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Quando o assunto é entrevista de emprego, estar preparado é fundamental - tanto para candidatos quanto para recrutadores. Segundo Daniel Consani, CEO do Grupo Top RH, empresa de soluções integradas em recrutamento e seleção, quem passa por esse processo de avaliação pode apostar em uma ferramenta poderosa conhecida como mapas mentais.

“Para os candidatos, o mapa mental pode ajudar a destacar o melhor de si. Para os recrutadores, garante que os mesmos critérios sejam aplicados a todos os participantes”, afirma Consani.

A tática do mapa mental foi criada por Tony Buzan, um autor e consultor educacional britânico, na década de 1970. Ele desenvolveu esse método como uma forma de ajudar as pessoas a organizar e visualizar informações de maneira mais eficiente e criativa, por meio de palavras-chave, cores e imagens.

A seguir, veja como essa estratégia antiga pode ser aplicada em cada papel ainda hoje.

Para o candidato: como brilhar na entrevista

Consani destaca que um mapa mental pode ser uma ótima maneira de organizar pensamentos, reforçar pontos fortes e estruturar respostas. Ele recomenda dividir o mapa em quatro áreas principais:

  • Informações sobre a empresa e a vaga: pesquise a fundo sobre a empresa, como sua cultura, valores e projetos principais. Identifique também as responsabilidades e requisitos da vaga. “Inclua no mapa os tópicos mais importantes para demonstrar que você se alinha ao que a organização busca”, orienta o especialista.
  • Minhas experiências e realizações: liste experiências relevantes para o cargo e conquistas que destacam suas qualificações. “Projetos bem-sucedidos, metas alcançadas e habilidades específicas podem fazer toda a diferença”, diz Consani.
  • Respostas-chave: prepare-se para perguntas clássicas, como “Quais são seus pontos fortes e fracos?” ou “Por que você quer trabalhar aqui?”. Segundo Consani, essa prática não apenas aumenta a confiança, mas também ajuda a ser mais claro e objetivo.
  • Dúvidas e perguntas: mostrar interesse é essencial. Use o mapa para registrar perguntas sobre o dia a dia da vaga, expectativas de desempenho e possibilidades de crescimento. “Isso demonstra preparo e engajamento”, afirma o especialista.

Para o recrutador: entrevistas mais organizadas e eficientes

Do outro lado da mesa, o mapa mental também pode ser um aliado do recrutador. Para Consani, ele contribui para uma abordagem mais lógica e fluida, beneficiando tanto o entrevistador quanto o candidato. O mapa pode incluir:

  • Informações sobre o candidato: “Nome, cargo pretendido e principais qualificações do currículo são fundamentais. Isso permite personalizar as perguntas de forma estratégica”, sugere Consani.
  • Competências técnicas e comportamentais: listar as competências técnicas exigidas pela vaga e as habilidades comportamentais desejadas - como resiliência, trabalho em equipe e liderança — ajuda a guiar a conversa para avaliar o encaixe do candidato no perfil.
  • Perguntas-chave: inclua questões que abordem as responsabilidades do cargo, experiências anteriores e situações hipotéticas.
  • Cultura organizacional e valores: Consani defende a importância de verificar o alinhamento entre os valores do candidato e os da empresa. “Pergunte como ele se vê contribuindo para a cultura da organização.”
  • Espaço para anotações: registre impressões e pontos que podem ser abordados posteriormente, seja em entrevistas adicionais ou na decisão final.
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