Candidato trouxe 50 canetas tinteiro e as espalhou pela mesa (Ian Barnard/Stock.Xchng)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 15h36.
Como qualquer usuário da Língua Portuguesa, já me deparei com intensas dúvidas sobre os tais “porquês”. Apesar de parecer complicado o uso, há uma lógica linguística comparativa. Vejamos?
Inicialmente, o termo “quê”, pronome interrogativo, isolado ou ao fim de expressão, acompanhado ou não da preposição “por”, deve vir sim acentuado graficamente:
“Quê?”
“Por quê?”
“Lopez transferiu-se de empresa, por quê?”
No entanto, a dúvida ortográfica cruel existe entre “por que” e “porque”. Com uma breve analogia à Língua Inglesa, faça a relação entre “why - por que” e “because – porque”:
“Por que você fez isso?
(Why did you ...?)
“Eu não sei por que Fulano fez isso, meu Deus!”
( I don’t know why...)
Já para respostas, na relação de certeza, em analogia a “because”, usa-se “porque”:
“Fulano fez isso porque é um executivo genial.”
(Fulano did it because...)
“Por quê? Porque ele é um camarada genial!”
(Why? Because he is...)
Para encerrar o ciclo ortográfico dos “porquês” (semelhantes graficamente e completamente distintos na classificação), lembremo-nos de que a forma “porquê” também existe.
Porquê, assim grafado, é substantivo; logo, precedido sempre de determinante (artigo, adjetivo, pronome, numeral):
“Lopez, genial executivo, conhece os porquês do mercado.”
Ah! Em um próximo momento, comento sobre as diferentes classificações gramaticais de tais “porquês”.
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