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Como domar a sua curva de aprendizado de inglês

Você já teve momentos que se sentiu desmotivado para aprender? Ou que sente que não avança mais? Entenda o motivo

Conhecimento crescendo: é importante entender sua etapa de aprendizado (runeer/Getty Images)

Conhecimento crescendo: é importante entender sua etapa de aprendizado (runeer/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2021 às 16h33.

Por Lígia Velozo Crispino, fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas

Antes de se queixar sobre o tempo de estudo que você já dedica ao inglês, é importante entender em que etapa você se encontra e quantas horas efetivamente você já realizou de curso e estudo autônomo. Existe um termo chamado curva de aprendizagem e é usado para qualquer contexto, não só para o inglês e são duas as aplicações desse termo.

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Na primeira, a curva de aprendizagem é frequentemente usada para descrever o tempo e o esforço necessários para aprender algo. Uma relação entre o desempenho de um aluno em uma atividade e o número de tentativas ou tempo necessário para conclui-la; isso pode ser representado como uma proporção direta em um gráfico.

A outra aplicação da curva de aprendizagem é quantitativa, onde modelos matemáticos são criados para representar a taxa de proficiência ou domínio de uma tarefa. Este modelo de curva de aprendizagem só é aplicável quando usado para medir a taxa real de progresso para completar uma tarefa específica em relação ao tempo. A tarefa precisa ser repetitiva e mensurável.

Esclarecido o contexto, vamos para o cenário do estudo de inglês. Alguns alunos aprendem um segundo idioma com mais rapidez e facilidade do que outros. Uns mostram mais determinação. Outros ralam mais.

Existem ainda outros fatores que influenciam esse processo. Todos eles desempenham um papel na velocidade de aquisição do novo idioma, tais como:

  • introversão X extroversão;
  • ousadia X medo de errar e se arriscar;
  • motivação natural para o estudo;
  • gosto e interesse pelo idioma e experiências nas quais comece a vivenciar a língua e não só as aulas para chegar à fluência.

O modelo da curva de aprendizagem elucidou a forma como aprendemos. Ela explica o processo, mas não detalha os fatores envolvidos. Entendemos porque:

1) aprendemos tão rápido, mas com tanto esforço, conteúdos e procedimentos novos
2) depois de um tempo, a evolução parece ser tornar tão mais difícil

Para tentar esclarecer a curva, separei abaixo em 4 etapas:

  1.  Inconsciente/ inabilidoso
    O aluno começa a aprender os fundamentos do idioma e não tem ideia do que vem pela frente. Principalmente se não estudou antes, apenas na escola como disciplina do ensino fundamental 2 e ensino médio.
  2. Consciente/ inabilidoso
    O aluno toma consciência de que seu conhecimento, adquirido até então, é muito limitado e que comete vários erros. Como consequência, fica extremamente desmotivado. É nesta etapa íngreme da curva que muitas pessoas desistem.
  3. Consciente/ habilidoso
    O aluno entra no ponto em que já pode se considerar bom na comunicação oral e escrita do idioma. Percebe quando faz boas construções. Pensa nas estruturas, vocabulário e pronúncia ao falar. Também procura formas mais seguras ou conhecidas para se expressar.
  4. Inconsciente/ habilidoso
    Por fim, o aluno atinge um nível em que possui uma ótima competência e não precisa mais pensar ou se preparar para o vai dizer. Ele atinge a automação de estruturas e vocabulário. Fala e escreve com naturalidade e desenvoltura.

Nesta última etapa é que parece haver uma certa estagnação na evolução. Por isso, para uma língua adquirida, é preciso sempre manter o uso e estudo. Deixar o inglês vivo em vários momentos da sua vida.

Em que etapa da Curva de Aprendizagem do inglês você está?

Lígia Velozo Crispino, fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC e extensões na área de Marketing na ESPM, FGV e Insper. Coautora do Guia de Implantação de Programas de Idiomas em empresas e autora do livro de poemas Fora da Linha. Mobilizadora cultural à frente do Sarau Conversar. Mentora voluntária da Fundação Éveris. Quer falar comigo? ligia@companhiadeidiomas.com.br.

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