Especialistas em ESG são essenciais para aliar teoria à prática e garantir que as iniciativas sustentáveis sejam eficientes no mundo dos negócios (Ezra Bailey/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 15 de outubro de 2021 às 16h18.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 16h02.
Em um mundo em que a perda da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas ficam cada vez mais evidentes, a adoção de uma agenda ESG (sigla em inglês para as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança) dentro das empresas não pode mais ser encarada como uma simples tendência. Hoje, trabalhar para mitigar os impactos ambientais de um negócio já é uma necessidade — não só para a sobrevivência das organizações, mas, principalmente, para o futuro do planeta.
“As empresas estão sendo cobradas por investidores, clientes, colaboradores e pela sociedade em geral para adotar as boas práticas de ESG, não tem mais como fugir disso”, pontua Renata Faber, que é responsável pela área de ESG na EXAME.
Ela explica que, com essa agenda ganhando espaço no mundo corporativo, a busca por profissionais capazes de orientar e garantir que o discurso sustentável seja, de fato, colocado em prática dentro das organizações também aumentou. “É claro que o top management e o conselho precisam estar alinhados nessa agenda, mas é o profissional de sustentabilidade que vai ajudar a implementá-la, ao desenvolver métricas e dar sugestões de ações que a empresa deve tomar nesse sentido”, diz.
Mas, ainda que essa demanda esteja aumentando, a oferta de profissionais especializados em ESG ainda segue baixa no mercado. Para ter uma ideia, de acordo com um estudo recente do CFA Institute, menos de 1% do 1 milhão de contas do setor financeiro analisadas no LinkedIn em dezembro do ano passado tinha qualificação na área.
Conheça o MBA Executivo em ESG e Impact da EXAME Academy
Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) em parceria com a consultoria Delloite, a formação dos profissionais de sustentabilidade é bastante diversa. Ela abrange desde áreas menos relacionadas ao tema, como química, administração e design de produtos, até formações mais específicas, como engenharia e gestão ambiental.
O estudo também revela que os profissionais que trabalham com ESG dentro das empresas tendem a possuir alto nível de escolaridade. De acordo com o relatório, três em cada quatro deles são pós-graduados e mais de 40% possuem algum curso de especialização na área. Veja no gráfico abaixo.
Ainda de acordo com o levantamento da Abraps, o “desenvolvimento de uma visão estratégica para a empresa, com o objetivo de garantir que os preceitos da sustentabilidade permeiem toda a organização” é a principal atribuição destes profissionais dentro das organizações.
Minimizar os impactos internos da cadeia produtiva; promover o treinamento de colaboradores e criar indicadores de desempenho em sustentabilidade também aparecem entre as principais atribuições da área.
O levantamento também revelou que, normalmente, estes profissionais ficam alocados dentro dos departamentos de sustentabilidade, relações institucionais, comunicação ou marketing — e que a maior parte deles (49% dos entrevistados) responde diretamente aos chamados cargos de confiança, como diretor, superintendente ou gerente-geral.
Ciente da crescente demanda por profissionais capazes de promover a sustentabilidade no mercado de trabalho sem abrir mão do lucro, a EXAME Academy, braço educacional da EXAME, aumentou a oferta de cursos relacionados à área em sua plataforma. Há desde cursos livres sobre o assunto, até um MBA, desenvolvido em parceria com a Trevisan Escola de Negócios. Veja abaixo.
A nível de pós-graduação, o MBA Executivo em ESG e Impact permite entender em profundidade os potenciais impactos no desempenho de negócios e empresas a partir de eixos centrais que medem a sustentabilidade, o impacto social de investimentos e operações empresariais e a geração de valor.
Para isso, os alunos são apresentados a conceitos como economia circular, carbono zero e green economy. Também aprendem sobre marcos regulatórios, direito ambiental, mapeamento e mitigação de riscos.
A carga horária total é de 432 horas, distribuídas ao longo de 24 meses. Ao final do curso, os aprovados recebem um certificado de MBA Lato Sensu em nível de Especialização em ESG e Impact.
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Com 3 horas de duração, este curso livre apresenta cada um dos pilares do ESG de forma aprofundada e ajuda a entender os reais benefícios que a aplicação destes princípios pode trazer.
O cronograma inclui aulas teóricas ministradas pela head de ESG da EXAME, Renata Faber; depoimentos de empresários que já aplicam as boas práticas ESG em seus negócios; recomendações de livros e materiais de apoio para complementar o aprendizado.
Ao receberem seu certificado de conclusão ao final do curso, os alunos estarão aptos a dar os primeiros passos em direção a uma carreira na área. Clique aqui para saber mais!
Ministrado por Renata Faber em parceria com o repórter especializado em ESG da EXAME, Rodrigo Caetano, este curso é voltado para investidores que buscam lucros alinhados a propósito.
“Para pessoas que querem avaliar os critérios ESG antes de comprar uma ação, antes de investir em uma empresa. Vamos orientá-las a ver se a companhia tem de fato boas práticas ou não, identificando também os riscos”, explica Renata.
Assim, a partir de estudos de caso, os especialistas explicam os principais riscos e critérios que devem ser observados em relatórios de sustentabilidade para que seu patrimônio esteja investido em um negócio sério, com visão de longo prazo e impacto socioambiental. A carga horária é de 4 horas.