Redação Exame
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 14h39.
Em junho de 2021, Rashan Brown subiu ao palco de um bar no Brooklyn para ler um poema sobre um amigo de infância assassinado.
A apresentação emocionou o público e marcou o início de um projeto que, três anos depois, se transformaria em uma marca com faturamento anual de US$ 148 mil.
Brown é gerente de produto da ESPN e fundador da "Poetry me, please”, uma plataforma de apresentações de poesia que realiza eventos em Nova York e outras cidades do mundo.
O negócio começou com um investimento pessoal de US$ 3 mil e hoje inclui venda de ingressos, mercadorias, agenciamento de artistas e até apresentações oficiais na Casa Branca e em jogos da NFL.
Mais do que um hobby criativo, a operação se tornou um exemplo de como um projeto cultural pode ganhar escala e estrutura corporativa.
Tudo isso com uma abordagem estratégica que equilibra propósito e lucratividade. As informações foram retiradas de CNBC Make It.
O primeiro evento organizado por Rashan Brown contou com 10 poetas, um DJ, dois cinegrafistas e a venda de ingressos que variavam entre US$ 10 e US$ 20.
Ele mesmo cuidou de parte da produção, ativou redes sociais para convocar artistas e ofereceu ao público bonés, moletons e pôsteres com temas de poesia, itens que já vinha produzindo antes.
O modelo de negócio foi se moldando a partir da demanda crescente. Com apresentações mensais em Nova York e eventos pontuais em outras cidades, a "Poetry me, please" passou a atrair poetas de todo o país.
A operação gerou uma receita bruta de US$ 148 mil em 2024, sendo a maior parte vinda da venda de ingressos. Para um evento em novembro, no Kings Theatre, com capacidade para 3.250 pessoas, os ingressos estavam à venda entre US$ 37 e US$ 147.
Apesar do faturamento expressivo, o lucro líquido da “Poetry me, please” foi de apenas US$ 500 em 2024, montante que Brown afirma ter reinvestido totalmente no negócio.
Durante os meses de maior atividade, ele chega a trabalhar até 80 horas por semana entre o emprego na ESPN e a administração do projeto.
“Sou muito analítico, e acho que me tornei ainda mais analítico por ser gerente de produto”, diz Brown. “Se um evento não der certo, posso calcular quanto ficarei no vermelho e como recuperar esse dinheiro rapidamente.”
Essa habilidade de monitorar dados, entender comportamentos de compra e prever fluxos de receita é cada vez mais valorizada em áreas de finanças corporativas.
No caso de Brown, os números mostram que 40% das vendas de ingressos ocorrem nas duas semanas que antecedem os eventos. Esse tipo de leitura orienta decisões estratégicas, evita alarmismos e permite calibrar investimentos.
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