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Com setor em alta, salário das vagas em tecnologia dispara até 20%

Vagas como a de desenvolvedor tiveram alta de 16% na remuneração; mercado vive forte crescimento e tem déficit de profissionais

programação (Luis Alvarez/Getty Images)

programação (Luis Alvarez/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 15h21.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 17h06.

Apesar da crise econômica causada pela pandemia da covid-19, pelo menos um setor tem crescido no Brasil, com efeitos sobre o mercado de trabalho: o de tecnologia.

Uma pesquisa feita pela empresa Revelo mostra que as vagas para desenvolvedores e outros profissionais de Tecnologia da Informação subiram 25% em 2020 no Brasil. Outro levantamento, da Catho, mostra que as vagas na região da cidade de São Paulo chegaram a disparar 600% no ano passado.

Além disso, houve um aumento generalizado na remuneração. A média salarial das vagas subiu cerca de 20%.

A área de Design apresentou o maior aumento no panorama salarial, registrando 19,62% em relação ao ano de 2019. Já o cargo de Desenvolvedor,
registrou uma crescente de 16,66%. A área de Business Intelligence demonstrou um menor aumento salarial, se comparado às demais citadas, com 8%. Todos os valores são acima da inflação, que terminou 2020 com a taxa de 4,52%. A área de Finanças,porém, teve uma redução da remuneração mostradas nas vagas, como mostra o gráfico abaixo.

(Revelo/Reprodução)

A pesquisa também mostrou que a empregabilidade para pessoas com Ensino Superior teve um aumento de 4,1% nos últimos dois anos. Enquanto, para os profissionais que concluíram apenas o Ensino Médio, a taxa cresceu apenas 2,3%. O gráfico abaixo mostra como o ensino superior faz diferença na remuneração para as vagas de áreas de tecnologia.

(Revelo/Reprodução)

Uma outra percepção sobre o comportamento do mercado durante esse ano, é em relação ao regime de contratação, onde houve uma transição do CLT para contratação como PJ (pessoa jurídica). Muitos profissionais começaram a ver vantagens neste formato, que mostra que há uma cautela das empresas na hora de assumir vínculos empregatícios, dado o cenário incerto sobre o futuro do mercado.

Cerca de 30% dos candidatos demonstraram disponibilidade para a contratação como PJ e, antes do período de quarentena, esse interesse pelo regime marcava apenas 7%.

Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) apontou que a procura por profissionais na área será de 420 mil pessoas até 2024 no país. Porém, hoje, o Brasil forma 46 mil profissionais com perfil tecnológico por ano.

 

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