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Com pandemia, interesse na metodologia ágil nas empresas aumenta 20%

Veja um glossário com termos usados nos negócios adeptos a essa ferramenta de gestão, em que times multidisciplinares mudam de acordo com o projeto

Anaterra, do BV: 76 squads simultaneamente mesmo com 99% das pessoas trabalhando remotamente (Leandro Fonseca/Exame)

Anaterra, do BV: 76 squads simultaneamente mesmo com 99% das pessoas trabalhando remotamente (Leandro Fonseca/Exame)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2020 às 06h00.

Última atualização em 15 de agosto de 2020 às 11h21.

A metodologia ágil, ferramenta de gestão em que equipes de vários departamentos de uma empresa trabalham lado a lado e podem mudar de formação a cada projeto, ganhou espaço em empresas e governos em busca de alguma ordem em meio ao caos da pandemia, como mostra reportagem da revista EXAME desta semana.

Segundo uma pesquisa recente da plataforma de softwares ­Digital.ai com 1.100 chefes de departamentos de tecnologia ao redor do mundo, 33% ampliaram o esquema de trabalho na tentativa de enfrentar os percalços do trabalho remoto.

No Brasil, um indício do alvoroço em relação ao tema é a audiência das palestras promovidas pela Agile Trends, empresa fundada em 2013 em São Paulo e dedicada a eventos sobre a metodologia.

Em 2019, três encontros reuniram 4.000 pessoas. “Em 2020, em apenas um evento virtual foram mais de 15.000”, diz Dairton Bassi, presidente da Agile Trends. Desde março, a base de empresas com algum tipo de contato com a Agile Trends subiu pouco mais de 20% — hoje são 10.700, uma busca expressiva nos sete anos de empresa.

Quem adotou o sistema no meio da crise sanitária colhe bons resultados. No banco BV, versões digitais das famosas paredes com post-its para acompanhar as tarefas permitiram o funcionamento de 76 squads simultaneamente mesmo com 99% das pessoas trabalhando remotamente. “O cronograma de lançamento de produtos da plataforma digital não foi alterado”, diz Anaterra Oliveira, superintendente de tecnologia do BV. Entre as conquistas nos últimos quatro meses estão feitos como organizar os dados de 1 milhão de clientes para um mutirão de renegociação de prazos de dívidas — tudo feito online em sistemas desenvolvidos por squads.

A praticidade do método para solução de percalços inesperados, como os abertos pela crise sanitária, está por trás da adoção acelerada da ferramenta de gestão, dizem especialistas.

Startups mundo afora, a exemplo do aplicativo de streaming Spotify, creditam ao método ágil o fato de crescer muito rapidamente com equipes diminutas — os squads, times com até oito integrantes; ou as tribos, uma espécie de junção de muitos squads com finalidades parecidas.

Veja abaixo um glossário com os principais termos usados nos negócios em que a metodologia ágil está em uso:

Agile
O que é: filosofia para acelerar as entregas num projeto
Pra que serve: estimular um ambiente corporativo mais colaborativo

Lean
O que é: método de trabalho concebido pela montadora japonesa Toyota
Pra que serve: reduzir desperdícios em linhas de produção e em projetos

Kanban
O que é: termo em japonês para “sinalização”. Usa post-it para marcar algo
Pra que serve: indicar o andamento de etapas e entregas num projeto

Squad
O que é: equipes multidisciplinares com objetivos em comum
Pra que serve: colocar em prática a dinâmica de trabalho ágil

Tribo
O que é: conjunto de squads com objetivos similares
Pra que serve: organizar o trabalho de diferentes squads de uma mesma área

Capítulos
O que é: Conjuntos de squads diferentes, porém com habilidades similares
Pra que serve: a troca de melhores práticas, experiências e desafios, ajudam a empresa a gerar sinergia de conhecimento e produtividade

Sprints
O que é: ciclos de entrega de inovações, que podem ter de uma a quatro semanas
Pra que serve: acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de produtos

Fonte: Consultoria People+Strategy

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