Xícara de café: hábito nacional (Getty Images/Reprodução)
O cafezinho depois do almoço é uma tradição — e estratégia de produtividade — para muita gente. Mas, com a inflação em alta esse hábito tem pesado no bolso do trabalhador brasileiro.
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Atualmente, realizar uma refeição completa fora de casa não sai por menos de R$ 40,64, em média. Sendo que o cafezinho representa 10,68% do total.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), uma refeição completa considera prato principal, sobremesa, bebida e café.
Diante disso, 72,82% dos brasileiros passaram a escolher estabelecimentos que oferecem café grátis após a refeição para driblar a alta dos preços. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa da Sodexo, empresa de benefícios, que ouviu 3.296 brasileiros entre os dias 13 e 15 de julho.
Segundo o levantamento, uma minoria prefere ir a alguma cafeteria e pagar pelo café (22%). Já outras pessoas escolhem um restaurante que oferece a bebida paga após a refeição (5,19%).
Segundo a pesquisa, 45% dos trabalhadores afirmam sentir muita necessidade de tomar café após o almoço; 32,92% sentem pouca necessidade e 21,72% não gostam da bebida.
Neste recorte, quando questionados se mesmo aumentando o valor da refeição estariam dispostos a pagar pelo café, 61,41% disseram não optar pelo café ao comprometer o saldo do vale-refeição.
No entanto, 38,59% disseram que mesmo aumentando o valor da refeição estão dispostos a pagar pela bebida.
Com o aumento dos preços, entre 2020 até agora, o vale-refeição passou a durar menos tempo caindo de 18 dias para apenas 13 dias.
"Esse é um dos motivos que levaram os brasileiros a selecionarem a opção do restaurante com café grátis, como estratégia para fazer o valor do benefício render até o final do mês e ao mesmo tempo não ter que abrir mão dessa bebida considerada paixão nacional", diz Antonio Alberto Aguiar (Tombé), diretor executivo de estabelecimentos da Sodexo Benefícios e Incentivos.