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Com home office na pandemia, líderes na operação perderam produtividade

Com o home office na pandemia, a comunicação piorou entre as lideranças na linha de frente e na sede das empresas, mostra pesquisa do Workplace do Facebook

 (Henrik Sorensen/Getty Images)

(Henrik Sorensen/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 09h00.

A rotina de trabalho na sede de empresas e na operação sempre foi diferente. Com a pandemia, a necessidade de colocar as equipes de escritório em home office aumentou a lacuna de comunicação entre os gerentes da sede e na linha de frente.

É o que mostra a pesquisa do Workplace do Facebook: a maioria dos líderes nas sedes acredita que a pandemia mostrou que a comunicação não tem sido muito efetiva entre as duas pontas. Segundo o levantamento, 64% deles reconhece que a estratégia de comunicação tem sido unilateral.

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A pesquisa foi encomendada pelo Workplace do Facebook e conduzida por Coleman Parkes com 4.500 gerentes de linha de frente e 4.500 gestores que atuam nos escritórios centrais ou sede das empresas em oito países (Austrália, Brasil, EUA, França, Japão, México, Noruega e Reino Unido).

No Brasil, foram 800 profissionais entrevistados. O levantamento teve duas fases, uma em fevereiro e outra em agosto. Dessa forma, os dados mostram o sentimento das lideranças em diferentes frentes dos negócios durante a pandemia.

No começo da quarentena, especialistas consideraram que a comunicação seria um dos grandes desafios dessa crise. Empresas mais preparadas, que haviam adotado rotinas e canais claros de conversa para o trabalho remoto, não sentiriam tanto esse impacto.

Para 52% dos gestores na linha de frente, houve uma perda de acesso a informações importantes da sede. E essa percepção está muito distante do relatado pelos líderes da sede: 85% estavam confiantes de que mantiveram os colegas informados em tempo hábil.

Outro efeito preocupante é na produtividade. Na operação, os líderes acreditam que perda em comunicação refletiu nas horas úteis de trabalho. Eles sentem que perdem uma média de 366 horas por ano agora, o que equivale a quase nove semanas de trabalho todos os anos.

Por outro lado, o sentimento de desconexão é inverso entre os dois grupos. Mais da metade dos líderes na operação acreditam que quem está sede entende melhor os desafios diários que a outra ponta passa.

No entanto, essa ideia é diferente na outra ponta: apenas 32% acreditam que entendem melhor a operação.

Mais problemas no front

A pesquisa revela mais problemas para os líderes nas operações: falta de autonomia e desvalorização de seu trabalho.

Em fevereiro, 67% dos entrevistados acreditavam que tinham autonomia para tomar decisão que impactavam as metas de negócios. E esse número caiu para 48%. Na sede, a porcentagem já era mais alta, e subiu de 78% para 86%.

No primeiro grupo, a queda na autonomia também afetou a percepção deles de que seu trabalho é valorizado. A maioria (58%) não sente que seu trabalho é valorizado pela empresa.

Os dois caminham juntos para prejudicar o trabalho da liderança, pois são sinais de uma desconexão diferente com a empresa. Os gestores perdem engajamento e esse sentimento afeta diretamente todos em suas equipes. Na área de gestão de pessoas, a tecnologia tem ajuda a reestabelecer conexões entre equipes, trazendo novas ferramentas digitais para administrar metas e auxiliar no feedback.

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