H&M oficializa neste sábado, 23, sua estreia no Brasil com loja física em São Paulo e e-commerce nacional (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter
Publicado em 23 de agosto de 2025 às 07h53.
A varejista sueca H&M, uma das maiores redes de moda do mundo, oficializa neste sábado, 23, sua estreia no Brasil com a inauguração da primeira loja no Shopping Iguatemi São Paulo. O movimento é parte de uma estratégia ousada: abrir quatro unidades no estado em apenas três meses e meio, lançar o e-commerce nacional já no primeiro dia e estabelecer produção local para itens-chave como calçados, denim e moda praia.
À EXAME, Joaquim Pereira, presidente da H&M no Brasil, destacou que a operação começa com foco em São Paulo e que o compromisso vai muito além da abertura de lojas.
“Só em 2025 devemos chegar a 450 funcionários no Brasil, entre lojas, escritório e centro de distribuição”, afirmou.
Depois de uma década de espera para desembarcar no país, a H&M aposta em uma estratégia robusta para conquistar o consumidor brasileiro. A companhia construiu um centro de distribuição em Extrema (MG) com 25 mil m², capaz de se expandir para 40 mil m², e já emprega 350 pessoas no local.
Parte dessa operação vai atender também o e-commerce nacional, que vai começar a operar no mesmo dia da abertura da primeira loja, algo inédito para a companhia.
No varejo, as quatro primeiras lojas confirmadas terão o seguinte cronograma e características:
"Além disso, o escritório em São Paulo já reúne 60 profissionais, responsáveis por liderar operações, logística e marketing, enquanto um centro de treinamento exclusivo foi montado no Marketplace (SP), simulando uma loja real para capacitar as equipes", diz o presidente da H&M no Brasil.
Um dos diferenciais anunciados pela H&M no Brasil é a adoção da escala 5x2, rara no varejo de moda - que normalmente exige a escala 6x1.
“Acreditamos no equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Queremos inspirar outras empresas a oferecerem mais tempo de qualidade para seus funcionários”, diz o executivo.
O presidente da H&M no Brasil também reforça que os dois dias de folga não necessariamente cairão no final de semana.
"Será uma escala de trabalho rotativa, que dará dois de folga por semana, mesmo para os funcionários do shopping".
Outro destaque da operação no Brasil é o alinhamento às metas globais de sustentabilidade. A H&M reduziu em 41% suas emissões de CO₂ desde 2018 e pretende cortar 56% até 2030. No mesmo período, busca diminuir em 38% o uso de água por produto e já reduziu em 44% o uso de embalagens plásticas.
“Sustentabilidade é parte essencial do nosso modelo de negócios. Só em 2023 investimos US$ 180 milhões em iniciativas ligadas à energia renovável e processos mais eficientes”, diz Pereira.
A marca terá como concorrentes empresas consolidas no varejo brasileiro como a Renner, Zara, Riachuelo e C&A, mas isso, segundo o CEO da H&M Brasil, não será um problema.
“O Brasil é um mercado competitivo, mas a H&M compete em todos os lugares do mundo e estamos prontos para competir aqui também”, afirma.