(Hinterhaus Productions/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 09h42.
Última atualização em 3 de fevereiro de 2023 às 13h45.
Investimentos em energia solar e eólica não param de crescer. Os créditos de carbono e títulos verdes são novos produtos financeiros que já movimentam mais de 2 bilhões de dólares. E a grande promessa, o hidrogênio verde, chega para reduzir drasticamente as emissões de carbono na atmosfera e frear o aquecimento global.
É inegável que há uma grande mudança em curso na economia global e que ela deve ‘respingar’ em todos os setores do mercado nos próximos anos. Mais do que ativismo ou uma simples tendência, a preservação do meio ambiente se consolidou como uma necessidade estrutural no mundo corporativo e, consequentemente, no mercado de trabalho.
Afinal, considerando que até 40% do valor de mercado de uma grande empresa, hoje, é determinado por sua reputação, ter uma equipe dedicada, exclusivamente, a criar processos sustentáveis e tornar as empresas transparentes e responsáveis é vantajoso e, praticamente, essencial para as companhias que desejam continuar lucrando.
Como consequência desta mudança, novas vagas de emprego passaram a oferecer melhores benefícios em troca de habilidades específicas que unem o mundo corporativo à responsabilidade ambiental, social e administrativa, chamadas de habilidades verdes.
Hoje, o Brasil já responde por 10% dos ‘empregos verdes’ no mundo, e a expectativa é de que, até 2030, essa nova economia crie cerca de 15 milhões de vagas na América Latina. E essa ‘onda verde’ que começa a dar as caras por aqui, já é tendência no exterior há anos.
Segundo dados fornecidos pelo LinkedIn, nos últimos cinco anos o número de empregos em Energias Renováveis e Meio Ambiente nos EUA aumentou 237%, em contraste com o aumento de apenas 19% nos empregos em Petróleo e Gás (energias não renováveis).
O mais interessante é que essa tendência não é exclusiva de cargos diretamente relacionados ao meio ambiente. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a estimativa é de que, aproximadamente, 40% dos trabalhadores atuais precisarão ser requalificados para ocupar os empregos verdes do futuro.
Mas, afinal, quais são as oportunidades no setor e como se requalificar?
Com tamanha demanda e urgência para causar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade, as empresas passaram a buscar profissionais que dominassem os conceitos ESG, soubessem liderar equipes e fossem proativos.
Sigla em inglês para “ambiental, social e de governança", o ESG é um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada.
Atuando em diferentes níveis hierárquicos (de analista a diretor), os Especialistas em Sustentabilidade ou Especialistas ESG são responsáveis por monitorar, analisar e garantir que as práticas ESG estejam sendo cumpridas ao longo de toda a cadeia produtiva de uma empresa - independentemente do setor no qual ela esteja inserida.
Segundo o LinkedIn Global Green Skills Report de 2022, entre os empregos que exigem habilidades verdes, cinco se destacam pelo crescimento anual acelerado entre 2016 e 2021:
Entre as oportunidades que mais crescem, uma em específico tem se destacado quando o assunto é transição de carreira sem precisar de anos de experiência: a de Gerente de Sustentabilidade.
Responsável por gerir e planejar atividades corporativas ligadas ao âmbito social e ambiental da empresa, o Gerente de Sustentabilidade se destaca no rol de carreiras verdes por analisar, estudar e colocar em ação os planos de sustentabilidade necessários para cada companhia.
Ou seja, é ele que organiza equipes, mantém contato com todas as áreas, coordena campanhas, conversa com clientes e investidores e garante que a empresa esteja caminhando rumo aos critérios ESG. Uma peça fundamental para a transformação verde dentro de todas as companhias.
Segundo o Guia Salarial 2023 da Robert Half, a remuneração de quem trabalha com sustentabilidade varia entre R$6 mil (para cargos de entrada) e R$35 mil (para cargos mais estratégicos).
Além da senioridade e do porte da empresa, a remuneração também irá variar conforme o nível de experiência e afinidade do profissional com o tema. Aqueles que demonstram conhecimento aprofundado sobre critérios ESG e sobre a organização de uma empresa tendem a ser melhor remunerados.
Para ajudar quem deseja trabalhar com sustentabilidade e aproveitar as oportunidades da nova Economia Verde, mas não sabe ao certo por onde começar, a EXAME Academy apresenta, entre os dias 6 e 14 de fevereiro, uma série de encontros virtuais e gratuitos sobre o tema.
Apresentado por Renata Faber, diretora de ESG da EXAME, o treinamento Carreira na Economia Verde abordará desde assuntos mais básicos (como a definição do que é a economia verde) até reflexões aprofundadas sobre como o tema impacta o mercado e a economia global atualmente. Seu principal objetivo, no entanto, é mostrar aos participantes como começar a construir uma carreira em sustentabilidade.
“Vou mostrar como é possível conquistar um trabalho com propósito real aliado a salários mais altos e mostrar o mapa para construir uma carreira em sustentabilidade”, promete Renata.
Após assistirem aos quatro vídeos, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo. Para ter acesso ao conteúdo gratuitamente, os interessados devem se inscrever no site oficial do projeto clicando no botão abaixo:
QUERO ACOMPANHAR A SÉRIE GRATUITA CARREIRA NA ECONOMIA VERDE