(Thomas Trutschel/Getty Images)
Repórter de Carreira
Publicado em 8 de abril de 2023 às 08h03.
Depois do metaverso, a Inteligência Artificial generativa, que ganhou popularidade com o ChatGPT, é a grande tendência quando se fala em tecnologia.
Para se ter uma ideia do sucesso do chatbot criado pela Open IA, em apenas dois meses de lançamento, o ChatGPT atingiu 100 milhões de usuários ativos. À título de comparação, as duas redes sociais mais populares atualmente, o TikTok e o Instagram demoraram, respectivamente, nove meses e dois anos e meio para alcançar o mesmo patamar.
Desde escolas, tribunais, redações jornalísticas até no gerenciamento de negócios inteiros o ChatGPT já foi usado. Com isso, surge a mesma discussão de sempre: quais profissões estão ameaçadas com o surgimento da tecnologia?
Especialistas defendem que, ao invés de brigar contra a nova ferramenta, profissionais precisam se preparar e olhar para as profissões que podem surgir com ela.
"Empresas já tem traçado estratégias para tornar profissionais especialistas na AI", diz William Colen, Líder de Inteligência Artificial em Take Blip, empresa de tecnologia com atuação no mercado conversacional, que atende grandes empresas e marcas como Claro, Dell, Itaú Unibanco, Coca-Cola, Fiat.
De acordo com ele, profissionais de Ciência da computação, Linguística computacional, Jornalismo e criadores de conteúdo devem estar atentos às oportunidades que podem surgir com a tecnologia.
“Entre as soft skills mais importantes para esse nicho estão o perfil analítico, a comunicação, relacionamento com o cliente, compreensão do negócio do cliente e agilidade para adaptação e evolução”, afirma.
As habilidades técnicas, claro, também são importantes. "Quando o assunto são hard skills, é importante conhecer como criar um bom prompt, linguagem de programação do ChatGPT. Conhecer bem seu funcionamento ajuda a contornar limitações e comportamentos incorretos", diz Colen.
De olho no futuro, o executivo comenta que muitas empresas querem usar o ChatGPT em seus negócios, mas apesar do fácil acesso e da popularidade da tecnologia, é necessário um olhar estratégico para cada nicho do mercado. “O uso assertivo da ferramenta só é possível com a interação de profissionais qualificados, que vão entender as dores e demandas de cada marca, serviço ou produto”, afirma.
Algumas posições que já existem no mercado que requerem conhecimentos em inteligência artificial são: cientista de dados, machine learning engineer, innovation lead, tech lead, machine teacher, além dos cargos tradicionais de desenvolvimento de software.