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CEO do JPMorgan revela segredo para se manter motivado após 19 anos no comando do banco

Aos 69 anos, executivo compara liderança à rotina de atletas de elite como Tom Brady

Para o executivo, líderes empresariais fracassam quando perdem o entusiasmo ou deixam de aprender (Noam Galai/Getty Images)

Para o executivo, líderes empresariais fracassam quando perdem o entusiasmo ou deixam de aprender (Noam Galai/Getty Images)

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 06h34.

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou que mantém o mesmo ritmo e dedicação ao trabalho mesmo após quase duas décadas no comando do maior banco dos Estados Unidos. Aos 69 anos, Dimon comparou sua rotina à de atletas de elite, como o ex-quarterback e membro do Hall da Fama do futebol americano, Tom Brady.

Durante uma entrevista à editora-chefe da Fortune, Alyson Shontell, na Cúpula das Mulheres Mais Poderosas, em Washington, Dimon disse que se dedica ao máximo todos os dias e em todas as reuniões.

“Se eu perceber que não consigo mais dar 100%, deveria seguir em frente. Você não pode se aposentar no mesmo lugar”, afirmou o executivo.

Atenção total e disciplina no trabalho

Dimon é conhecido por sua postura exigente em reuniões. Ele contou que não tolera distrações e pede que todos estejam totalmente presentes.

“Se alguém estiver lendo e-mails ou olhando o iPad enquanto falamos, eu peço para fechar. É desrespeitoso”, disse.

Segundo o CEO, manter a energia e o foco é parte essencial da liderança. Ele citou Tom Brady como exemplo de disciplina: “Atletas não dizem que estão cansados de treinar. Eles continuam se dedicando. O mesmo vale para liderar uma empresa.”

Um dos últimos veteranos de Wall Street

Dimon é um dos poucos executivos de bancos que ainda ocupa o cargo desde a crise financeira de 2008. Enquanto concorrentes como Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America e Citigroup passaram por trocas de comando, ele completa 19 anos à frente do JPMorgan.

O mandato médio dos CEOs de instituições financeiras do S&P 500 é de 9,1 anos, o que torna Dimon uma exceção. As especulações sobre sua sucessão seguem recorrentes — especialmente após o executivo afirmar, no ano passado, que sua aposentadoria “já não está mais a cinco anos de distância”, frase que usava com frequência.

Para Dimon, o próximo líder do JPMorgan não precisa ser o mais inteligente, mas alguém com “coração, ética de trabalho, curiosidade e respeito”, afirmou em um podcast recente.

Mesmo após décadas no comando, Dimon diz continuar motivado pelo impacto do trabalho do banco em comunidades, pequenas empresas e projetos filantrópicos. Ele admite, porém, que também precisa de pausas: “Fico cansado às vezes e preciso descansar.”

Em tom bem-humorado, comentou: “Gestão é muito divertida, exceto por duas coisas — clientes e funcionários.”

Para o executivo, líderes empresariais fracassam quando perdem o entusiasmo ou deixam de aprender. Para ele, humildade, aprendizado constante e não se acomodar são o que mantêm uma empresa avançando.

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