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Carreiras ligadas ao petróleo ainda são promissoras?

Crise na Petrobras e queda no preço do barril alteraram as perspectivas de quem trabalha com petróleo e gás. Mas a área deixou mesmo de ser promissora?


	Petróleo: "oba-oba" em torno da área não volta mais, diz especialista
 (REUTERS/Sérgio Moraes)

Petróleo: "oba-oba" em torno da área não volta mais, diz especialista (REUTERS/Sérgio Moraes)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 23 de junho de 2015 às 15h18.

São Paulo - Nos idos de 2013, carreiras ligadas à indústria de petróleo e gás estavam com tudo. O BNDES dizia que, dali a quatro anos, 458 bilhões de reais seriam destinados à exploração, produção, refino, distribuição e logística na área.

Mas então chegou a monumental crise da Petrobras.

Segundo Giovanna Dantas, gerente da Michael Page especializada no setor, os escândalos que varreram a estatal afetaram gravemente o mercado. Entre outros efeitos, ela cita investimentos paralisados, demissões em massa e redução de até 40% no valor dos contratos.

Também é preciso considerar que, além da Petrobras, a operação Lava Jato investiga outros nomes importantes do setor de infraestrutura e energia - empresas que garantiam uma boa parcela dos postos de trabalho ligados ao petróleo. 

No entanto, a complicada situação jurídica de vários empregadores da área não é o único motivo por trás da desaceleração da área. Segundo Giovanna, também é preciso colocar na conta o mau momento da economia brasileira e o preço do barril de petróleo, que caiu em todo o mundo.

Carreiras mais e menos afetadas
Segundo Giovanna, os profissionais com menos perspectivas na área, hoje, são os ligados às duas primeiras etapas do ciclo de produção do petróleo: licitação e fase sísmica. São geofísicos, geólogos, advogados de contratos e petrofísicos, entre outros.

Já a mão de obra mais demandada na área em 2015 se concentra na etapa de exploração e, em menor grau, produção - tais como oficiais de náutica e profissionais de operações, manutenção, QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) e projetos.

Futuro
Na opinião de Raphael Falcão, diretor da Hays, o período entre 2010 e 2013 foi marcado por uma grande euforia coletiva em torno das oportunidades profissionais no setor . “Falava-se em salários altíssimos, porque havia poucos profissionais qualificados e muita demanda”, diz ele. “Hoje esse entusiasmo todo arrefeceu, já que muitos projetos desaceleraram ou estacionaram”. 

Ainda que o "oba-oba" não volte mais,  a expectativa é a de que o mercado comece a se reaquecer em 2017. Segundo Falcão, a área tem enfrentado grandes desafios, mas continua global e promissora. “Há reservas no Rio de Janeiro com existência comprovada, e haverá novamente uma forte demanda por profissionais qualificados quando a crise passar”, diz ele.

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