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Brasileira está entre os 100 melhores advogados da Inglaterra

Silvia Fazio é a primeira estrangeira a aparecer no ranking da publicação The Lawyer -The Hot 100 2011

A advogada Silvia Fazio: primeira estrangeira a ficar entre os 100 melhores da Inglaterra

A advogada Silvia Fazio: primeira estrangeira a ficar entre os 100 melhores da Inglaterra

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 08h56.

São Paulo – Durante a graduação na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), foi o interesse por outros idiomas e culturas que impeliu Silvia Fazio para as disciplinas voltadas para o direito internacional. Dezessete anos depois, graças à dedicação ao tema, a advogada, de 38 anos, entrou para o grupo dos cem melhores advogados da Inglaterra.

A lista, divulgada pela publicação The Lawyer – The Hot 100 2011, reúne os profissionais do Direito que mais se destacaram nos tribunais britânicos durante o ano de 2010. Ela é a primeira estrangeira a aparecer no ranking.

A advogada foi para a Europa meses depois da formatura para cursar o LLM em Direito Internacional Privado pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.Sua intenção era voltar para o Brasil logo em seguida. Mas foi convidada para trabalhar em um escritório na Itália. Em 1999, partiu para Londres. Três anos depois, foi contratada pelo escritório Collyer-Bristow.

Em 2005, tornou-se a primeira brasileira a entrar para o grupo de sócios de um escritório de advocacia britânico. À frente do Collyer-Bristow, Silvia dedicou-se ao desenvolvimento da área de direito corporativo internacional do escritório – setor praticamente inexistente até então. No ano passado, o Collyer-Bristow foi considerado um dos melhores escritórios de direito corporativo internacional.

“Não são muitos os advogados que podem dizer que são responsáveis por triplicar uma área de negócios do seu escritório. (...) desde que [Silvia] estabeleceu o "Brazilian Desk" e o "Italian Desk" na companhia, o faturamento internacional da empresa cresceu a ponto de atingir 25% do faturamento total”, afirma a publicação sobre Silvia.

O cenário internacional, contudo, nem sempre conspirou a favor do projeto da brasileira. “Nas eleições de 2002, quando os mercados estavam desconfiados da vitória do Lula e o Brasil vivia um período de estagnação, fiquei apreensiva”, diz.

No entanto, a economia brasileira não ruiu, como temiam os especialistas. E, a maré de otimismo chegou ao escritório onde Silvia trabalha. Em 2008, após voltar de sua licença maternidade de 4 meses, a brasileira foi promovida ao cargo de sócia de capital da Collyer-Bristow.

O conselho dela para a nova de geração de advogados é simples: mantenha o foco. “Às vezes, a gente se perde diante de muitas oportunidades”, afirma. “Eu poderia ter entrado no escritório e me acomodado com direito britânico. Mas minha meta sempre foi trabalhar com a área internacional”.

Casada com um inglês, ela é mãe de uma menina de dois anos e admite seu comportamento quase equilibrista para conciliar vida profissional e pessoal. “Só é possível com muita ajuda”, diz.

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