Carreira

Brasil é vice em intenção de mudança de emprego

Pesquisa mostra que 40% dos executivos brasileiros aceitariam novas propostas nos próximos meses

De olho nas oportunidades: passada a crise, profissionais estão abertos a novas propostas de emprego

De olho nas oportunidades: passada a crise, profissionais estão abertos a novas propostas de emprego

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

 

São Paulo - Se depender dos executivos brasileiros, 2010 promete ser um ano agitado e promissor para  mudança de emprego. Passada a tensão da crise econômica, os profissionais recuperaram a confiança e se mostram mais receptivos a novas oportunidades. A conclusão é de uma pesquisa da consultoria Robert Half, com mais de 3000 profissionais de média e alta gerência em 13 países. Dos 227 executivos entrevistados no Brasil, 40% manifestaram intenção de mudar de emprego nos próximos seis meses. Destes, 36% mudariam de emprego caso surja uma oferta interessante e apenas 4% estão ativos e invictos na procura por um novo emprego.

A propensão nacional em buscar novas oportunidades profissionais é a segunda maior do mundo, atrás apenas da França, onde 45% dos profissionais consideram sair de sua atual empresa. Já nos demais países, os executivos apresentaram uma média de 30% nas intenções de mudança. Para o diretor da Robert Half Fernando Mantovani a propensão desses profissionais a mudar de emprego é reflexo de um mercado cada vez mais aquecido. "Tem muita oportunidade de trabalho surgindo em diversos setores da economia", diz. "E não faltam motivações para dar uma guinada na vida profissional".

Inúmeras razões podem nortear o desejo de mudança. Perspectivas promissoras de carreira, remuneração maior e mais atrativa, novos desafios e experiências, possibilidade de desenvolver novas competências, maior qualidade de vida e, claro, a velha e corriqueira insatisfação com o trabalho. "Observamos que muitos profissionais se saturaram com o ambiente de trabalho no ano passado por causa da crise", diz Mantovani. "Eles representam a parcela dos 4% dos executivos entrevistados que querem e procuram ativamente um novo emprego".  

    <hr>                                     <p class="pagina">Dado curioso é que no ano passado, sob a nuvem da incerteza do período da crise econômica, a propensão dos profissionais para mudança de emprego foi baixa. Em doze meses, 71% dos executivos no mundo e 65% no Brasil não consideraram nenhuma nova oportunidade profissional. Apesar do cenário atual mais promissor, certa dose de cautela ainda é bem vinda quando assunto é mudança de emprego. "O profissional deve tentar identificar a importância do novo emprego dentro do plano de carreira que ele traçou pra si", diz Mantovani, lembrando que decisões afobadas podem desviar o profissional dos seus objetivos. Em se tratando de uma chance para dar um salto qualitativo na carreira, a resposta do especialista é categórica. "Peça  as contas no emprego antigo e agarre logo a nova proposta".  </p>        
Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosContrataçõesEmpregosEstratégiagestao-de-negociosNível de empregoprodutividade-no-trabalho

Mais de Carreira

10 habilidades que um bom líder deve ter para avançar na carreira

5 conselhos de Charlie Munger para quem quer trabalhar no mercado financeiro

Como o CEO da Nvidia usa a técnica de 'primeiros princípios' para tomar decisões

Quer fazer um intercâmbio ou trabalhar em outro país? Veja as feiras deste ano