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Brasil cria 1,490 milhão de vagas em 2013 e renda média sobe 3,2%

O Brasil criou 1,490 milhão de vagas formais de trabalho nos setores público e privado em 2013, um salto de quase 30 por cento em relação ao fraco desempenho de 2012

Fila de emprego (Getty Images)

Fila de emprego (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 06h21.

O Brasil criou 1,490 milhão de vagas formais de trabalho nos setores público e privado em 2013, um salto de quase 30 por cento em relação ao fraco desempenho de 2012, mas ainda longe do número de vagas criadas em anos anteriores, mostraram dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta segunda-feira.

Com isso, ao final de 2013, o Brasil tinha 48,948 milhões trabalhadores com vínculo empregatício, 3,14 por cento a mais que em 2012, mostrou o documento Relação Anual de Informações Sociais (Rais) a partir informações de 8,2 milhões de estabelecimentos.

"Estamos gerando emprego. É claro que houve desaceleração com a queda da atividade econômica, mas não há sinalização de que iremos parar de gerar emprego no Brasil", afirmou o Ministro da pasta, Manoel Dias.

A Rais 2013 mostrou ainda que o rendimento médio do trabalhador brasileiro teve alta real de 3,18 por cento a 2.266,00 reais no ano passado, com maiores variações nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

Diferentemente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange a criação de postos de trabalho no setor privado, os números da Rais são mais abrangentes, já que incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários.

Em 2013, os setores que mais contribuíram para a geração de empregos formais foram o de serviço, com 558,6 mil novas vagas, comércio, com 284,9 mil empregos, e a administração pública, com 403 mil novos postos.

Desses segmentos, o destaque ficou com a administração pública, com alta de 4,51 por cento frente a 2012, num desempenho puxado pelo início dos mandados municipais em 2013, renovando a abertura de postos nessa esfera de governo.

PIORA NA OFERTA DE VAGAS

O mercado de trabalho --uma das âncoras do governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição neste ano-- vêm perdendo o fôlego em função da economia fraca, com dificuldades para manter o crescimento exibido em anos anteriores, num quadro agravado pela baixa confiança dos agentes na recuperação da economia brasileira.

Diante dessa conjuntura, o Ministério do Trabalho cortou para 1 milhão a previsão de geração líquida de emprego formal neste ano, ante a projeção anterior entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de novas vagas. Em junho, o Caged registrou a abertura de 25,363 mil vagas, o pior resultado para o período desde 1998. No ano até junho, os empregos somaram 493 mil, também o pior desempenho para o período desde 2009.

A Rais indica também que o trabalho formal no país é composto majoritariamente por trabalhadores com escolaridade igual ou superior ao ensino médio completo, cuja participação em 2013 subiu para 45,22 por cento ante 44,24 por cento em 2012.

(Reportagem de Nestor Rabello)

 

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