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Bot reduz até 40% do expediente monitorando o seu computador

A McKinsey está automatizando a automação nas tarefas administrativas

Robôs digitando em computadores (foto/Thinkstock)

Robôs digitando em computadores (foto/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2019 às 11h18.

Última atualização em 26 de julho de 2019 às 13h44.

Imagine um bot em seu computador do trabalho que monitore cada vez que você pressione uma tecla ou faça um clique, e assim determine quais de suas tarefas poderiam ser realizadas por um de seus irmãos robôs.

Chame isso de automatizar a automação. É a estreia da McKinsey na automação de processos robóticos, com a invasão dos “robôs” de chão de fábrica nos cubículos de escritório. Com o avanço das tecnologias, os programas conseguem executar tarefas cognitivas realizadas por humanos de modo mais fácil e mais barato.

A tecnologia está transformando tarefas administrativas em todo o mundo, inclusive nos centros de processamento de negócios das Filipinas em outros países, que empregam mais de um milhão de pessoas e geram receita anual equivalente a cerca de 7,5% do PIB do país. A inovação pode levar muitas pessoas a perderem seus empregos, mas, como a McKinsey destacou em um relatório no início do ano, também poderia ajudar as empresas a se manterem competitivas e até mesmo a conquistar uma fatia maior do mercado.

Se os bots ainda não chegaram ao seu escritório, é apenas questão de tempo. A equipe digital da McKinsey tem números de sobra que mostram como o AutoMate, como o software é chamado, pode melhorar os ganhos de uma empresa: o programa reduz as horas de trabalho manual necessárias em certas funções em diversos setores entre 20% e 40%. A maior velocidade com a qual as pessoas podem abrir contas bancárias, por exemplo, oferece uma vantagem competitiva que se traduz em aumento de receita de 5% a 10%, diz a McKinsey.

A equipe começou a usar o AutoMate em seu próprio escritório em Chennai, na Índia, no ano passado, e a tecnologia está sendo implantada na Polônia e para clientes selecionados principalmente em telecomunicações, serviços financeiros e manufatura avançada.

Pascal Bornet, sócio associado da McKinsey, de Cingapura, diz que o AutoMate surgiu da necessidade. Apenas 20% do trabalho global é industrial, com mão de obra manual - os outros 80% podem ser alvo da próxima onda de automação, o que deve acelerar os processos de serviços, como a solicitação de uma hipoteca, disse.

Ainda assim, Bornet avisa que as pessoas não precisam ter medo.

"A automação sempre criou mais empregos do que destruiu", afirmou.

 

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