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Bônus na mão

Gastar toda a grana extra pode não ser saudável

Ilustração - Bônus na mão (Paulo Brabo/EXAME.com)

Ilustração - Bônus na mão (Paulo Brabo/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 17h12.

São Paulo - O mês de março é quando muitas empresas pagam seus bônus aos profissionais que atingiram as metas em 2010. Como o ano foi próspero, está entrando um bom dinheiro para agitar o mercado. O impacto positivo deve ser sentido no comércio e nos mercados de investimentos.

Muitos daqueles que estão recebendo dinheiro extra já vinham contando com ele antes mesmo do fim do ano, sonhando com a troca do carro, com a quitação das férias ou com a verba para fazer aquele curso desejado. Porém, antes de deliciar-se na sua generosa contribuição com o setor de comércio e serviços, recomendo que seja feita uma reflexão sobre a maneira de usar o bônus. 

Bônus e comissões não são regra em nossa vida, mas, sim, exceção. Acontecem somente após anos bons e faltam em tempos de crise. Por isso, considere que consumir completamente esse tipo de recurso pode não ser saudável. É como o tempo para atividades pessoais, sempre em falta na agenda. Se você consumir em lazer ou atividades corriqueiras o raro tempo que consegue fazer sobrar, ele sempre será exceção em sua vida. Se usá-lo para planejar melhor sua agenda, tempo livre pode passar a ser uma commodity.

Pense em usar seu bônus para criar mecanismos que ajudem a torná-lo mais regra do que exceção. Vale fazer um bom curso de vendas ou uma especialização que aprimore sua capacidade profissional e networking, fundamentais para bons resultados nos próximos anos. Se seus planos de consumo estão em dia e a ideia é de apenas investir, procure criar aquela reserva para emergências em renda fixa, em vez de especular em investimentos que podem gerar perdas.

Use seu ganho mensal para construir sua previdência, não um recurso aleatório que surge eventualmente em sua conta. A reserva para emergências será usada justamente para cobrir os imprevistos que, teoricamente, prejudicam nossos bem-intencionados planos de poupar regularmente.

Esse é o tipo de escolha que, em vez de provocar efeitos pontuais em nossa vida, tornam nossas escolhas e os efeitos delas sustentáveis por períodos mais longos.

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