BNP Paribas: Funcionários em 22 países da Europa podem decidir trabalhar em casa toda semana por até 2,5 dias ou adotar um ritmo mais flexível (Benoit Tessier/Reuters)
Bloomberg
Publicado em 6 de abril de 2022 às 16h39.
Por Alexandre Rajbhandari, da Bloomberg
O BNP Paribas alcançou um dos acordos de trabalho remoto mais abrangentes entre os principais bancos, dando a opção de trabalhar em casa por até metade da semana a mais de 132.000 funcionários.
Funcionários em 22 países da Europa podem decidir trabalhar em casa toda semana por até 2,5 dias ou adotar um ritmo mais flexível, disse o banco em comunicado na quarta-feira. Eles precisarão estar no escritório pelo menos um dia por semana.
O acordo, que vale até 2024, estende um esquema de trabalho que já se aplicava à França. Instituições financeiras europeias vêm adotando acordos flexíveis para elevar o moral e cortar custos.
O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria disse mês passado que permitirá que os funcionários trabalhem permanentemente em casa até 40% do tempo, embora esse acordo abranja apenas cerca de 12.000 funcionários na Espanha.
A pressão por mais flexibilidade contrasta com Wall Street, onde os bancos fazem cada vez mais pressão por um retorno ao escritório em tempo integral. O Bank of America planeja trazer todos os seus funcionários dos EUA, vacinados e não vacinados, de volta ao escritório até junho, segundo reportagem da Bloomberg na terça-feira.
O BNP concordou em ajudar a cobrir os custos relacionados ao trabalho remoto e refeições para funcionários que decidirem trabalhar em casa regularmente. As operações europeias do banco podem flexibilizar o acordo para atender a necessidades específicas da força de trabalho.
O rival mais próximo do BNP, o Société Générale, assinou um acordo com sindicatos no ano passado que permite que os funcionários trabalhem em casa até três dias por semana, embora esse acordo abranja apenas a França.
No mês passado, o suíço UBS decidiu permitir que alguns de seus funcionários nos EUA trabalhem remotamente em tempo integral. O banco espera que 10% de sua força de trabalho local adote a opção.