(Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 05h00.
Bill Gates lembra exatamente do ano em que sentiu pela primeira vez que havia 'vencido na vida': foi com 42, mais de uma década depois que ele havia feito seu primeiro bilhão.
"Eu não diria que me senti confortável com o meu sucesso até 1998," disse Gates, à CNBC. Isso foi 11 anos depois do IPO da Microsoft, quando ele virou o bilionário mais jovem da história, aos 31 anos de idade. Todas as informações desta matéria foram retiradas do CNBC Make It.
Em seu novo livro, Gates conta que abriu a Microsoft em 1975, e, por quase 30 anos, trabalhou mais de 80 horas por semana com uma preocupação constante: a de que qualquer erro poderia tirar a empresa da vanguarda da revolução computacional.
"Foi só no final dos anos 90 que eu comecei a pensar 'nossa, podemos errar e ainda assim sobreviver'," relembra. "Eu sempre pensei que eu estava a um erro da morte até aquele momento. Era a minha mentalidade."
Naquele momento, a Microsoft já era a empresa pública mais valiosa do mundo, avaliada em mais de US$ 250 bilhões. Gates era o homem mais rico do planeta, com um patrimônio estimado em US$ 58 bilhões, de acordo com a Forbes.
O sucesso da Microsoft foi impulsionado, em grande parte, pelo impacto do Windows 95, tornando-se tão dominante que a empresa enfrentou processos antitruste.
“Foi a primeira vez que olhei para trás e pensei: ‘Ok, estamos em uma posição muito boa, e entendo por que meus concorrentes estão tão incomodados que acham que precisam da ajuda do Departamento de Justiça’”, afirmou Gates.
Mas, apesar de obstinado, Gates não é maluco. O especialista em liderança Jim Collins argumenta que muitos profissionais bem-sucedidos têm “uma enorme quantidade de paranoia produtiva”.
Alexa von Tobel, fundadora da LearnVest, defende que empreendedores precisam viver em um “estado saudável de paranoia” para prosperar. Quando balanceado, esse pensamento pode impulsionar uma empresa e garantir sua permanência no mercado, mas também pode criar ambientes tóxicos e afetar a saúde mental dos líderes e suas equipes.
Gates já admitiu que sua mentalidade extremamente focada no crescimento da Microsoft teve um preço. Ele era um chefe exigente e muitas vezes deixava sua ansiedade sobre o futuro da empresa impedir que aproveitasse os momentos de conquista. Mesmo após abrir capital em 1986 e estampar a capa da Fortune devido à sua crescente fortuna, ele evitava celebrar. “Eu estava sempre correndo assustado”, disse. “Então, sempre que a Microsoft comemorava aniversários, eu pensava: ‘Não tenho tempo para olhar para trás’.”
Hoje, a Microsoft tem um valor de mercado superior a US$ 3 trilhões, e Gates acumula uma fortuna estimada em US$ 165 bilhões, segundo a Bloomberg. No entanto, sua trajetória mostra como a liderança pode ser moldada pelo medo do fracasso – e como encontrar um equilíbrio entre ambição e saúde mental é essencial para sustentar o sucesso a longo prazo.
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