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Publicado em 26 de março de 2024 às 15h17.
Está comprovado: brasileiros estão longe de se considerarem felizes no trabalho. É o que aponta o Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), realizado pela plataforma de terapia online, Zenklub. Na pesquisa, o indicador de bem-estar do trabalhador brasileiro foi de 65,4 pontos no último ano, abaixo de 78 considerados como mínimo aceitável para que um ambiente de trabalho seja emocionalmente saudável.
A pesquisa ainda revela que a insatisfação com o ambiente profissional é maior entre as mulheres. Já os melhores índices foram medidos entre homens com mais de 50 anos e entre 18 e 25 anos.
Para empresas e líderes, esses dados podem ser preocupantes. Enquanto uma força de trabalho feliz aumenta sua produtividade, em média, 31%, segundo um relatório da Universidade da Califórnia, dados da Gallup mostram que trabalhadores desengajados custaram cerca de 1,9 trilhão de dólares para os cofres empresariais americanos no ano passado.
Neste contexto, tendências como a quiet quitting (demissão silenciosa), rage applying (quando o profissional se candidata a diversas vagas porque o emprego atual não o valoriza) ou a falta de interesse da geração Z em ocupar cargos de liderança ganham ainda mais força no mercado, exigindo novos meios de retenção e engajamento desse público.
Mas, afinal, em que os líderes e gestores podem se basear para iniciar a construção de uma relação ganha-ganha entre colaboradores e ambiente de trabalho? Olhar para as diretrizes ESG — que vão além do pilar ambiental — pode ser um caminho assertivo para a implementação de ações concretas.
As pautas ESG têm sido cada vez mais consideradas na hora de definir os próximos passos de uma empresa. Um estudo realizado pelo Pacto Global da ONU no Brasil mostrou que 78,4% das organizações incluem o ESG em suas estratégias de negócios. A tendência é que esse tema continue quente nos próximos anos.
No entanto, muitas empresas ainda se limitam a associá-lo a questões ambientais, deixando de compreender por completo seu potencial transformador. O ESG é uma abordagem abrangente e sua aplicação exige uma transformação na cultura e na estratégia da organização.
Um estudo apresentado pela Robert Half, mostra que organizações ESG estão liderando uma revolução no bem-estar dos colaboradores. Neste contexto, líderes e gestores desempenham um papel multifacetado na promoção de um ambiente de trabalho saudável e seguro para a equipe.
Quando as lideranças investem no bem-estar de suas equipes, consequentemente, estão investindo no sucesso da organização. Estudos demonstraram que empatia, comunicação eficaz e apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional são características de líderes mais propensos a criar culturas organizacionais que valorizam o bem-estar dos funcionários.
Geralmente, eles promovem as seguintes iniciativas:
Além disso, líderes que estão genuinamente comprometidos com o bem-estar de suas equipes tendem a ser mais eficazes na identificação e resolução de problemas relacionados ao estresse, sobrecarga de trabalho e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Por fim, para que os planos saiam do papel, é importante ter em mente que abraçar o ESG não é apenas uma legalidade a ser cumprida, mas sim uma oportunidade de diferenciação diante dos stakeholders.
*Conteúdo apresentado por Faculdade EXAME.