Acompanhar os indicadores permite a identificação de melhorias a serem feitas na empresa (Dreamstime.com)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 13h04.
São Paulo - Tradicionalmente, a teoria da contabilidade divide os recursos de um agente econômico, uma empresa ou até mesmo um consumidor em dois grandes grupos: ativos e passivos. No ativo, estão todos os seus bens e direitos em termos monetários, como dinheiro em caixa, investimento e imóveis. O passivo, por sua vez, representa as dívidas e obrigações financeiras.
Essa teoria, normalmente, é usada para analisar empresas e instituições do mercado. Contudo, com as devidas adaptações, torna-se possível empregar diversas ferramentas contábeis dessa teoria também na análise das contas pessoais ou familiares, reduzindo ineficiências e identificando gastos desnecessários no longo prazo.
Como é época de declarar o imposto de renda, que tal aproveitar os dados do preenchimento para realizar uma análise profunda das finanças domésticas e restabelecer metas para o ano?
Para tanto, é preciso primeiro dividir os recursos em grupos. Como ativo, considere todos os recebimentos possíveis: salário, rendimentos de aplicações, moeda, imóveis e outros bens e direitos. No passivo, inclua todas as dívidas e obrigações, como contas a pagar, financiamentos, cursos, serviços contratados, como plano de saúde, e todos os demais gastos.
Com base nessas informações, é possível fazer alguns cálculos simples que poderão servir de bons indicadores da saúde financeira. Ao dividir o passivo pelo ativo total, por exemplo, encontra-se o nível de endividamento geral da família.
Para identificar a composição desse endividamento, basta dividir o valor de cada despesa pelo passivo total. Os itens com resultados maiores devem ser analisados com cautela, pois são os principais vilões de seu orçamento. Caso sejam variáveis, devem ser reduzidos com o passar do tempo.
Também pode-se analisar quanto do ativo total é passivo e quanto é patrimônio e verificar se as despesas correntes estão relacionadas aos ganhos correntes. Como há diversos indicadores disponíveis, cada indivíduo poderá aproveitar da melhor forma possível e utilizar os mais adequados a seus interesses.
Por meio dessas ferramentas, que podem ser atualizadas e comparadas em diferentes períodos, é possível buscar o equilíbrio financeiro. Os gastos caem, o bem-estar aumenta e ainda ameniza-se aquela velha sensação de monotonia no preenchimento da declaração do imposto de renda.