Carreira

Balanço de meio de ano

Faça um teste e avalie o que você ainda precisa fazer para cumprir as metas que traçou no início do ano

Ronaldo Pereira, 37 anos, presidente das Óticas Carol: estratégia a cada passo da carreira (Raul Junior/EXAME.com)

Ronaldo Pereira, 37 anos, presidente das Óticas Carol: estratégia a cada passo da carreira (Raul Junior/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 16h36.

São Paulo - Todo início de ano é sempre a mesma coisa: promessas e mais promessas de trocar de emprego, se esforçar para ser promovido, fazer aquele curso que dará um upgrade na carreira, trabalhar menos, ganhar mais, mudar de vida. Os meses vão passando e, muitas vezes, nada do que foi planejado acontece.

Se você é uma dessas pessoas, que têm dificuldade em executar as metas traçadas, aqui vai uma boa notícia: ainda dá tempo de alcançar seus objetivos. Para o consultor e diretor-geral do portal de empregos Trabalhando.com, Renato Grinberg, o ideal é ter, pelo menos, 50% da suas metas cumpridas até o fim do ano. “Nunca é tarde se você define etapas para executar seu plano e vai atrás delas”, diz. “Precisamos acabar com o velho hábito de empurrar com a barriga”, recomenda. 

Antes de qualquer coisa, a dica é colocar no papel todas as metas, seja de curto prazo, seja de longo prazo. Se você ainda não fez isso, tire um tempo para listar seus objetivos. De acordo com Renato, o importante é escrevê-los enquanto as ideias estão fervilhando na cabeça — depois, eles caem no esquecimento.

O segundo passo é revisá-los periodicamente, fazendo os ajustes necessários. Muita coisa muda ao longo do ano, por isso a necessidade de sempre reavaliar o plano original, para não perder tempo com objetivos que deixaram de ser relevantes. “Faça isso, no mínimo, de seis em seis meses”, sugere Renato. 

Agora, se você fez um plano para que os resultados apareçam daqui a cinco anos, por exemplo, procure detalhar com mais profundidade as etapas necessárias e o que você pode fazer agora para que tudo dê certo no futuro. Por essa razão, recomenda-se deixar de lado a postura de autossabotagem e de usar desculpas como justificativas para aquilo que não deu certo. Foco, disciplina e perseverança são condutas fundamentais.  

Foco e determinação

Desde cedo, o carioca Ronaldo Pereira, de 37 anos, presidente das Óticas Carol, rede de lojas de óculos, aprendeu o quão importante é traçar objetivos para a vida e para a carreira. Aos 18 anos, começou a listar, num livro, suas ambições. Essa rotina foi suficiente para permitir que aos 30 anos ele conseguisse alcançar o sonho de sair do mercado financeiro.

No fim do ano passado, Ronaldo comemorou outra grande conquista profissional: se tornar sócio de uma grande empresa. Antes do planejado, deu um salto na carreira. Abandonou o posto de presidente da General Optical, distribuidora de grifes de óculos, e aceitou o convite de Marcos Amaro, filho do comandante Rolim Amaro, fundador da TAM, para dirigir as Óticas Carol.

Ronaldo conta que planeja metas de curto e longo prazo e faz revisões semestrais. “Estratégia sempre funcionou para mim.” Alguns objetivos foram alterados no meio do caminho, mas o executivo não se lembra de nenhum que tenha deixado de acontecer. “Todos foram atingidos”, revela.  

A engenheira de processos Simone Diniz, de 34 anos, que atua na Metroval, empresa da área de óleo e gás, corre contra o relógio para colocar suas metas em ação. Em dezembro do ano passado, terminou o curso de gestão de projetos no Instituto Mauá de Tecnologia e agora se prepara para tirar o certificado PMP até setembro deste ano e logo depois iniciar as aulas de espanhol, idioma que sempre desejou aprender. “Já adiei diversas vezes o curso de espanhol mas, desta vez, coloquei como meta inadiável”, conta.

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