Aumenta o número de profissionais que não querem ser chefes
Assumir cargos de liderança tem deixado de fazer parte dos planos de muitos jovens profissionais. Entenda como as empresas estão se adaptando a essa mudança
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2015 às 09h28.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h39.
A analista de sistemas Priscila Santos, de 33 anos, trabalha como arquiteta de soluções em uma empresa de tecnologia em São Paulo e não vê como vantagem a ideia de assumir um cargo de gestão e ter de lidar com mais cobranças e pressão. “Quem assume esses cargos acaba tendo de se dedicar 24 horas por dia, sete dias por semana”, diz Priscila. “Tanta dedicação e pressão a mais não valem o salário maior”, afirma a analista.
Dalton Barreto, de 33 anos, já viveu a experiência de ser gestor. Formado em ciências da computação, ele gerenciou uma equipe no emprego anterior. “Em vez de pôr a mão na massa, só dava ordens e participava de reuniões”, afirma. “Foi como mudar de profissão.” Um ano depois, ele pediu demissão e não quis mais saber de chefia. Em seu atual emprego como analista de infraestrutura da Sieve, empresa do Rio de Janeiro que vende ferramentas de e-commerce, Dalton recebeu uma proposta de promoção, mas preferiu continuar na linha de frente. “Acredito que, se eu me tornar um especialista muito reconhecido no mercado, vou continuar progredindo na carreira sem ter de virar executivo”, diz ele.
O treinamento vai revelar o caminho para conquistar uma vaga no setor mais aquecido da atualidade – mas é preciso correr: as vagas são limitadas e as condições especiais encerram em breve