Carreira

As 8 regras de ouro de como dar feedback

Pretende dar feedback para um chefe, subordinado ou colega? Conheça 8 regras que garantem o sucesso da conversa

Feedback: para não perder o foco, é bom estabelecer regras para a conversa (Dilok Klaisataporn/Getty Images)

Feedback: para não perder o foco, é bom estabelecer regras para a conversa (Dilok Klaisataporn/Getty Images)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 17 de março de 2015 às 09h48.

Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 14h41.

Reuniões de feedback costumam dar calafrios em profissionais de todas as idades e níveis hierárquicos. E não só no caso do avaliado: quem precisa fazer comentários sobre o desempenho do outro também está sob pressão.

“Enquanto o executivo que recebe o feedback pode ter medo de ser humilhado, aquele que está falando teme que o outro se ofenda com os seus comentários e deixe de gostar dele”, explica o psicoterapeuta Luiz Fernando Garcia, CEO da Cogni-MGR.

Sob a influência de medos inconscientes, as duas partes tendem a entrar num modo defensivo - o que, além de gerar desgaste emocional, pode ameaçar a eficácia do processo de feedback.

Tomar certos cuidados antes, durante e depois da reunião pode evitar que a tensão coloque tudo a perder. Conheça 8 regras universais de como dar feedback que garantem o sucesso da conversa em qualquer contexto hierárquico:

1. Comece sempre pelo que há de bom

O início da reunião deve ser leve e se concentrar sobre os pontos positivos da outra pessoa. Mas não pode ser falso. “Você precisa pensar em qualidades que realmente enxerga nela, algo que você sinta de verdade”. Elogios sinceros ajudam a diminuir as defesas do outro e a dissolvem parte da tensão da conversa.

2. Jamais seja genérico

Tanto comentários positivos quanto negativos precisam ser palpáveis. Segundo Garcia, o outro precisa construir uma imagem concreta daquilo que está sendo dito. Não adianta dizer, por exemplo, que você está insatisfeito com os atrasos da outra pessoa. É melhor trazer exemplos, citando datas e horários específicos em que ela cometeu os deslizes. O objetivo, aqui, é legitimar a sua crítica e trazer a discussão para um plano objetivo.

3. Crie um ambiente estratégico

Feedbacks não podem ser dados em qualquer lugar. A conversa jamais pode acontecer na frente da equipe, por exemplo, o que só serve para aumentar a preocupação do outro com a possibilidade de humilhação. “O ideal é que a outra pessoa decida onde se sente mais à vontade para conversar”, diz Garcia.

4. Estabeleça regras para a conversa

Para que a conversa não se reduza a um jogo de acusações e defesas, uma tática aconselhável é pedir que, enquanto você fala, o outro apenas escute. De acordo com Garcia, isso ajuda a conter explosões emocionais. “Você pode convidar a pessoa a anotar suas observações num papel se quiser, mas pedir que ela ouça os seus comentários como um ‘copo vazio’”, diz ele.

5. Evite o tom acusatório

Em vez de lançar frases como “você é” ou “você fez”, é melhor usar sentenças que comecem com “eu sinto que você é” ou “eu tive a sensação de que você fez”, por exemplo. Atribuir os seus comentários a uma percepção pessoal traz a “culpa” daquela crítica para você. Segundo Garcia, esse posicionamento alivia o outro e o torna mais receptivo.

6. Escute também

Depois de comunicar a sua avaliação, chega a hora de se calar e ouvir as respostas do outro. Aqui também vale a regra citada no item 4: baixar as defesas, anotar comentários numa folha de papel e permanecer até o fim sem retrucar.

7. Conclua de forma rápida

O fim da conversa deve ser uma breve recapitulação do que foi discutido, sem delongas. “Vocês não devem continuar discutindo indefinidamente”, diz Garcia. “É melhor concluir logo e deixar um ‘vazio’ no outro, para que ele continue pensando sobre o assunto depois, sozinho”. Ele compara a situação a uma sessão de psicanálise: o paciente só reflete sobre o que foi dito depois que deixa o divã e já está em casa.

8. Dê reforço positivo

A conversa produziu alterações visíveis na conduta da outra pessoa? Não deixe de dizer a ela que você percebeu. Porém, para não beirar o artificialismo, é importante não exagerar na dose. “Falar duas ou três vezes que você notou aquela mudança de comportamento é o suficiente para consolidá-la”, diz o psicoterapeuta.

Além do feedback: como turbinar sua capacidade de negociação

Sua atitude e argumentação podem determinar a distância entre o sim e o não em uma negociação. Por isso separamos vídeos do programa Sua Carreira para quem deseja refinar suas habilidades para negociar salário, horário de expediente , vender ideias e melhorar a comunicação.

Também tem bons conselhos para virar o jogo quando tudo parece perdido e evitar os piores erros em uma negociação.

Confira a lista de vídeos com especialistas em negociação e feedback:

1. As regras da boa negociação:

Negociar bem é fundamental para o sucesso de carreira. Neste vídeo Sandra Oliveira, da Dale Carnegie, mostra alguns conceitos básicos para chegar a acordos durante uma negociação, seja ela sobre o que for.
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2. As atitudes que atrapalham

Negociar faz parte da vida de todo mundo, mesmo que em maior ou menor escala. Neste vídeo, Ivan Correa, diretor executivo do IBOPE Educação, fala sobre comportamentos que colocam a perder o desfecho de uma negociação.
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3. Para fugir dos vícios de linguagem

Vícios de linguagem podem ser irritantes e quebrar o raciocínio durante a negociação. Neste vídeo, Ivan Correa, diretor executivo do IBOPE Educação, ensina como fugir deste tipo de muleta linguística.
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4. Qual é o pior erro em uma negociação

Você pode até achar óbvio o que diz João Marcelo Furlan, sócio da Enora Leaders, neste vídeo. Mas será que, na prática, é tão fácil assim não cometer este erro  fatal em uma negociação?
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5. Como negociar um expediente menor

Neste vídeo, Andrea Piscitelli, consultora em estratégia humana, explica qual o melhor jeito para conseguir o aval do chefe para encurtar o expediente. São dicas valiosas, mas só valem para quem tem histórico de bons resultados e entregas no trabalho.

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