Carreira

As 5 leis da empregabilidade agora (e sempre)

Professora da IESE Business School indica cinco atitudes para gerir a carreira em tempos de crise ou de bonança

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Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 14h00.

São Paulo – Mudanças acontecem em todo lugar o tempo todo e são a única certeza que temos para o futuro, afirma a professora da IESE Business School Mireia Las Heras. Crises econômicas, fusões, aquisições e a tecnologia cortam postos de trabalho e impulsionam a competitividade.

Estabilidade de emprego? Não é mais uma realidade possível para os profissionais da iniciativa privada. Em períodos tão movediços, a professora indica cinco ações ligadas à gestão de carreira para dar sustentação à empregabilidade.

Essenciais nos momentos mais negros de uma crise, as atitudes indicadas pela professora são, certamente, efetivas também na bonança.

1. Reflexão 

Qual o seu perfil profissional? Que habilidades desenvolveu até este ponto da sua carreira e quais as suas principais contribuições às empresas para as quais trabalhou? Encontrar respostas para estas perguntas é o primeiro passo a ser dado, segundo a professora da IESE Business School.

Ela afirma que o autoconhecimento ganhou uma importância inédita porque o horizonte de desenvolvimento da carreira está mudando muito: empresas se fundindo, empresas desaparecendo, indústrias mudando portfólios de produtos.

“Neste contexto, o autoconhecimento é importante para que o profissional saiba no que é bom, onde pode contribuir e como pode fazer uma mudança de carreira da maneira mais suave”, diz.

2. Experiências

Para os proativos, crises são um convite ou até mesmo um empurrão para reinvenção profissional, diz a professora. “Para aqueles que não tem autoconhecimento e não são proativos, a crise provavelmente os levará à estagnação e a um cenário de poucas opções ou possibilidades de carreira”, diz Mireia.

Abrir-se a possibilidades de crescimento profissional - seja por meio de voluntariado, novos hobbies, cursos ou a partir da interação com a rede de contatos - traz insights sobre suas habilidades e paixões.

3. Gerenciamento da presença online

Tenha a certeza de que o que pode ser encontrado sobre você na internet vai ao encontro da maneira como você quer se apresentar ao mundo. Lembre-se de que a ausência de perfis em redes sociais também diz sobre você.

Como você pode mostrar aos outros o que você sabe e sobre o que se interessa? Como mostrar o que você já fez no passado e revelar seus pontos fortes? Blogs, LinkedIn e outras redes sociais podem ajudar neste processo.

“No LinkedIn, não é necessário criar uma comunidade, é possível partilhar com as pessoas que já estão na sua rede e isso não exige um esforço semanal, por exemplo. Mas é possível ainda sim estar presente lá para mostrar o que você sabe no que é bom”, diz Mireia.

O Twitter, segundo a professora, pode ser uma ferramenta para revelar interesses e construir uma rede de pessoas que tenham estes mesmos gostos. Facebook é mais relacionado a assuntos pessoais e, por isso, pede cuidado com mecanismos privacidade, diz a professora da IESE.

4. Flexibilidade

“A flexibilidade tem se tornado mais importante porque precisamos nos adaptar a um ambiente que muda rapidamente em termos políticos, sociais, industriais, de mercado e de tecnologia”, diz Mireia.

Autoconhecimento, autogerenciamento, adaptabilidade e autoconhecimento também são habilidades comportamentais necessárias e tão importantes quanto a flexibilidade, segundo a professora.

5. Investimento em capital social

Por capital social entenda pessoas que da sua rede com quem você pode aprender , se desenvolver e ganhar mais autoconhecimento. “ Melhorar o seu capital social é conectar-se a pessoas com as quais é possível aprender e também contribuir”, diz a professora.

Participar de eventos, reuniões e conferências é uma maneira de investir em capital social para além do gerenciamento da presença online.

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