View from Sugarloaf Mountain, Pao de Acucar, to Rio de Janeiro, Brazil, here the parts Flamengo, Santa Teresa and Centro and the beach Praia do Flamengo. (Photo by: Bildagentur-online/Universal Images Group via Getty Images) (Bildagentur-online/Universal Images Group/Getty Images)
Redatora
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 15h54.
Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 15h56.
Jessica Yen, hoje com 33 anos, iniciou sua trajetória corporativa em 2014, logo após se formar pela Universidade da Califórnia, ao ingressar como analista de tecnologia de negócios na Deloitte, em São Francisco.
A expectativa de uma carreira glamourosa na consultoria rapidamente se desfez diante da rotina exaustiva: deslocamentos longos, pouco controle sobre os projetos e uma crescente sensação de desgaste.
“Em consultoria, você não tem muito controle sobre o que trabalha. Percebi que queria mais voz ativa sobre minha carreira”, conta Jessica ao portal Business Insider.
Em 2016, deu o próximo passo ao entrar na Salesforce como analista de marketing. A mudança só foi possível graças às habilidades desenvolvidas em Excel e análise de dados na Deloitte.
A experiência abriu portas para cargos em operações e estratégia na Yelp e, posteriormente, na Cruise, startup de carros autônomos.
Apesar do prestígio dos cargos, a pressão aumentava. Jessica trabalhava com prazos apertados, relatórios complexos e a constante exigência por precisão nos dados. O estresse chegou ao ponto de afetar seu sono e sua saúde mental. “Eu sonhava com fórmulas de Excel, revisando cálculos em sonhos.”
No auge da pandemia, em agosto de 2020, Jessica decidiu deixar tudo para trás. Burnout, isolamento e solidão a motivaram a pedir demissão da Cruise.
O primeiro passo fora do mercado corporativo foi se certificar como coach pelo Coactive Training Institute e iniciar atendimentos a clientes.
Em paralelo, lançou seu primeiro negócio: a marca de cadernos Daily Work Journal, voltada para produtividade. O projeto marcou sua entrada no e-commerce e foi vendido em janeiro de 2024, abrindo espaço para novos projetos, desta vez, ligados à sua paixão pelo surfe.
A prática do surfe, que surgiu como um hobby pós-corporativo, tornou-se o embrião de sua segunda empresa: a Surfers Jewelry, marca de jóias voltada ao público surfista. Inspirada pela comunidade, Jessica aliou seu conhecimento técnico e criativo à nova proposta de negócio.
Hoje, ela está à frente de todas as etapas da operação: do design ao marketing, da gestão financeira ao relacionamento com os clientes. O coaching virou atividade secundária.
Mesmo fora do mercado tradicional, as habilidades em finanças corporativas continuam sendo parte essencial de sua trajetória.
Jessica aplica no dia a dia de sua empresa os conhecimentos adquiridos no mundo analítico: orçamento, projeção, controle de custos e negociação com fornecedores.
“Minha experiência com dados me deu segurança para cuidar da parte financeira do negócio. Entendo o todo, sei negociar e não preciso contratar alguém só para isso.”
Para quem deseja seguir o mesmo caminho, Jessica recomenda primeiro adquirir experiência no mercado corporativo, especialmente em áreas técnicas e financeiras.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.