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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h30.
As empresas brasileiras ainda não possuem políticas claras de redução da desigualdade entre homens e mulheres, embora a força de trabalho feminina já represente quase metade da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo pesquisa do Instituto Ethos, apenas 3% das 500 maiores empresas do país possuem programas bem definidos de promoção da eqüidade de condições salariais e de promoção para as mulheres.
A falta de combate explícito ao desequilíbrio reflete-se, entre outros, na pequena quantidade de mulheres que atingem o topo do mundo empresarial (leia também reportagem de EXAME sobre a situação da mulher no mercado de trabalho). Conforme o Ehtos, 58% das empresas entrevistadas não contam com nenhuma mulher em cargos de direção. Nos 42% restantes, as mulheres ocupam apenas 9% dos cargos de direção, embora representem, nessas empresas, 35% da força de trabalho.
Segundo Luci Ayala, coordenadora da pesquisa, a maior parte das empresas tem interesse em promover a igualdade, mas adota critérios equivocados. "Tratar igualmente pessoas que partem de situações desiguais, de certa forma, não muda a desigualdade e até a reproduz", diz Luci.
Além de assumirem um compromisso público com a eliminação de barreiras à ascensão profissional e igualdade salarial, as políticas de promoção da mulher devem se preocupar, também, com a saúde e bem-estar, o que significa, entre outras ações, a construção de creches, a oferta de tratamentos médicos inclusive na gravidez, o estímulo à paternidade responsável e o combate à violência contra a mulher, segundo Luci.
Com informações da Agência Brasil.