Carreira

Apenas 10% dos executivos não esperam aumento em 2011

Saiba quais os setores campeões de recrutamento e os cargos mais valorizados no último trimestre

Apesar do otimismo dos executivos, valorização salarial tende a se estabilizar  (Raul Júnior/Você SA)

Apesar do otimismo dos executivos, valorização salarial tende a se estabilizar (Raul Júnior/Você SA)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 13h12.

São Paulo – O clima de apreensão generalizada que segurou contratações (e esperanças) em 2009, de fato, ganhou um ponto final. E o otimismo dos executivos para o ano que vem é uma prova disso. De acordo com levantamento da Michael Page 70% dos executivos esperam receber um aumento salarial superior a 10% em 2011.

Como os especialistas martelam deste o início do ano, os bons ventos da macroeconomia somados a escassez de profissionais realmente qualificados no país são os principais fatores para essa expectativa. “Enquanto muitos países ainda vivem os reflexos da crise, o Brasil se destacou num processo de recuperação”, afirma Marcelo de Lucca, diretor executivo da Michael Page.

A combinação entre enriquecimento da população, bônus demográfico, aumento da liberação de crédito e os investimentos inerentes à Copa do Mundo e Jogos Olímpicos em 2014 e 2016, respectivamente, são as principais razões para esse cenário positivo da economia brasileira e, como conseqüência, para as perspectivas de remuneração e contratação de executivos.

No entanto, Lucca lembra: este fenômeno de valorização dos salários tem prazo de validade. “Os salários não são infinitos. Os executivos devem se contentar com o fato de que essa realidade tem um limite e atentar para outros benefícios oferecidos pelas empresas”, diz. Até porque, ele alerta, basta um soluço da economia para que os profissionais com melhores remunerações sejam cortados do quadro de funcionários.

Mesmo assim, o clima de otimismo, realmente, contagiou os executivos brasileiros. Dos 300 profissionais ouvidos pela Michael Page, 10% esperavam aumento salarial acima de 15% e outros 4%, de mais de 20%. Apenas 10% admitiram que não esperavam nenhum reajuste salarial para o próximo ano.

Os líderes de contratação
Segundo a Michael Page, o número de contratações cresceu 30% no último trimestre. O setor financeiro, puxado pelos bancos, lidera a lista das áreas que mais recrutaram novos profissionais. Logo após, vem indústria seguida do mercado de consultorias e advocacia.


Entre as carreiras mais demandadas estão gerente de recursos humanos para os bancos e gerente de TI nas indústrias. Os salários médios de cada cargo foram de 15,5 mil e 17,5 mil reais respectivamente.

Confira abaixo a lista dos setores campões de contratação no último trimestre, segundo a Michael Page, o ranking de cargos mais demandados e os respectivos salários na hora da contratação.

Segmentos que mais contrataram Cargos mais procurados Salários
1º Bancos Gerente RH R$15,5 mil
2º Indústrias Gerente TI R$17,5 mil
3º Consultorias/Advocacia Gerente de operações R$13 mil
4º Serviços Gerented e Incorporação R$13,5 mil
5º Alimentos/Bebidas/Fumo Gerente PJ (bancos) R$10 mil
6º Oil & Gás Médico do Trabalho R$10 mil
7º Varejo Gerente comercial R$15 mil
8º Construção Controller R$15,5 mil
9º Publicidade/Mídia Gerente Juridico R$ 20 mil
10º Mineração Gerente de Compras R$11 mil
Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosExecutivosRemuneraçãovagas-de-emprego

Mais de Carreira

As 5 profissões com os maiores salários no Brasil, segundo a FGV

15 regras para negociar uma proposta de emprego

10 maneiras de mostrar proatividade em reuniões de trabalho

Cidadania italiana: possível mudança pode encarecer o processo. Devo correr com meu pedido?