Ano Novo em Copacabana (dislentev/ Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 11h32.
A você, caro leitor de Exame, desejo-lhe feliz ano-novo e um feliz ano novo. Repetição ou obviedade aparentes, mas o hífen (sinalzinho dos diabos!) possui importante função à nossa Língua.
Entre “nome e nome” ou “verbo e nome”, garante a existência de novo termo e novo significado a uma expressão. Quando não aparece, o significado é literal, ao “pé da letra”.
ANO-NOVO, substantivo masculino, refere-se à meia-noite do dia 31 de dezembro; o dia 1º de janeiro; também conhecido como ano-bom.
ANO NOVO, substantivo e adjetivo, sem o uso de hífen, tem o significado literal de doze novos meses; todo o novo ano.
Em outros termos, vale sempre lembrar que uma “caixa-preta” (sistema blindado que registra as mensagens trocadas entre tripulantes de aeronaves), é muito diferente de uma “caixa preta”. Aliás, a “caixa-preta” nem a cor preta possui.
Quer dizer, então, que o Novo Acordo Ortográfico (com vigência obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2016) relaciona-se ao caso acima? Não.
Em relação ao uso de hífen, a reforma ortográfica alterou a relação com prefixos dissílabos (como CONTRA-, SEMI-, AUTO-) e a palavra, como em “contrarrazões”, “semissintético”, “autorretrato” e outros casos.
Extinguiu também a reforma o hífen de expressões com conectivos, não ligadas à Botânica ou à Zoologia: “pôr do sol”, “fim de semana”, “mão de obra”, “pé de moleque”.
Sendo assim, é ainda muito importante a hifenização em (nome-nome ou verbo-nome), como “caixa-preta”, “guarda-chuva”, “saia-justa”, “segunda-feira”, “primeiro-ministro” e tantos outros exemplos.
É o “bendito” hífen o sinalizador do sentido admitido pelo vocábulo composto.
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