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Professor dá três dicas para fugir dos erros de português no novo ano

Vai escrever mensagens de fim de ano da empresa, para amigos ou familiares? Professor dá dicas de erros comuns para evitar

 (Ira Heuvelman-Dobrolyubova/Getty Images)

(Ira Heuvelman-Dobrolyubova/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 15h07.

Última atualização em 21 de dezembro de 2021 às 16h45.

Diogo Arrais, professor de português (@diogoarrais)

Fim de ano é o momento propício para a criação de mensagens, discursos, tradicionais cartões, vídeos. Dominar a língua portuguesa será importante, até mesmo para evitar determinados ruídos a uma marca.

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Antes de tudo, lembre-se de que a falta de revisão ou o puro improviso são um enorme risco. Escreva o texto, revise-o, leia-o em voz alta.

Caso o texto venha a ser falado, treine algumas vezes (e fuja da ideia de decorar simplesmente, para não haver a perda da espontaneidade).

Pois bem: vejamos, agora, algumas possíveis armadilhas gramaticais.

Consciência sobre o plural dos termos

Concordância nominal e verbal são dois temas importantes, pois reforçam o acordo (singular-singular, plural-plural) entre as palavras. Por isso, tenha especial atenção à pronúncia de todos os fonemas, em construções como “Nós estamos em acordo a...”, “Nós faremos...” etc.

É bem comum que, nas inversões, haja desvio de concordância. Cuidado com isso! Quando o verbo vier anteposto ao sujeito simples, a concordância é obrigatória:

  • “Chegaram tempos difíceis nos últimos dois anos.”

Verbo haver

Um dos campeões de audiência gramatical, o verbo haver é invariável (no sentido de existir). Lembre-se:

  • “Para o próximo ano, haverá inúmeras decisões difíceis no campo político.”

Ressalta-se que, no padrão de nossa língua, o verbo ter indica, em princípio, posse.

Enquanto que e vícios de linguagem

A palavra “enquanto” é temporal, tem o valor de “quando”. Em vez de criar uma sentença como “Nós, enquanto família, ...”, prefira objetividade e coerência: “Nossa família, esta família etc.”

Outra informação importante é ficar alerta ao uso de “que”: excessos são ruins; na hora da revisão, vale substituir ou eliminar.

Pleonasmos viciosos são deselegantes, tais como: “Somos o elo de ligação com Deus.” Nesse caso, basta usar “elo”.

Por fim, revise o texto; seja direto, mas criativo. Palavras bem-feitas são bem-vindas, ainda mais neste fim de 2021.

Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!

DIOGO ARRAIS
http://www.arraiscursos.com.br
YouTube: MesmaLíngua
Professor de Língua Portuguesa

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