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Ambev, Volkswagen e BTG revelam mitos e verdades sobre programa de trainee

Representantes de empresas com alguns dos programas de trainee mais competitivos do países compartilham detalhes sobre o processo

Mulher surpresa (Thinkstock/DeanDrobot/Thinkstock)

Mulher surpresa (Thinkstock/DeanDrobot/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 10 de janeiro de 2020 às 14h18.

Os programas de trainee são uma porta de entrada para o mercado de trabalho interessante para jovens profissionais recém-formados. Apesar de em tese esse tipo de seleção ser mais simples, os processos seletivos de trainee são muito concorridos, alguns chegando a uma concorrência de mais de 2 mil candidatos por vaga.

Por isso, o Na Prática convidou algumas das empresas com programas mais concorridos para contar mitos e verdades sobre as seleções de trainee.

Mitos e verdades sobre 3 das seleções de trainee mais concorridas do Brasil

Volkswagen

É verdade: Para passar nas seleções de trainee da Volkswagen é preciso ser apaixonado por mobilidade, falar mais de um língua estrangeira e ter o fit cultural com a empresa, segundo Lourene Moreira, supervisora de gestão de competências da Volkswagen Brasil. No último processo seletivo, houve 700 inscritos por vaga. O programa oferece anualmente sempre o número fixo de 20 posições. Os aprovados recebem benefícios como um dos salários mais competitivos do mercado, estimado em R$ 5 mil segundo a Glassdoor, e descontos para adquirir carros da marca.

É mito: Ao contrário do que muitos acreditam, a empresa não oferece oportunidades para trabalhar fora do Brasil, por meio do programa de trainee. Os selecionados são alocados em quatro unidades: Anchieta, Taubaté, São Carlos e São José dos Pinhais. Outro mito é de que a maioria dos trainees são homens. Atualmente, 55% dos contratados são do sexo feminino. E apesar de engenharia ser o curso com mais selecionados, os estudantes de humanas e sociais também são contratados principalmente das áreas de administração, direito e comunicação.

BTG Pactual

É verdade: Diferente da Volkswagen, as seleções de trainee do BTG Pactual (chamado de Próxima Geração) ainda selecionam mais homens, cenário que a empresa tenta mudar, segundo o sócio Eduardo Besser. Apesar disso, ele aponta que os recrutadores preferem focar no potencial dos candidatos do que em checar pontos de um currículo e pré-requisitos, como inglês fluente. “Buscamos sempre entender porque aquela pessoa quer estar na nossa empresa, o background dela e como ela pode agregar no nosso trabalho”, explica Eduardo. Além disso, a empresa conta com um programa específico para profissionais da tecnologia.

É mito: Para os trainees, não é necessário passar por oito entrevistas. Eduardo aponta que, em média, são realizadas três a quatro etapas. E, apesar de oferecer um dos salários mais competitivos do mercado, Besser opina que não é esse fator que atrai os candidatos para as seleções de trainee do BTG. “Apesar de sermos um banco, pelo que eu vejo tem muito mais a ver com a vontade de entregar e fazer inovação, gerar tecnologias e construir modelos diferentes, além da troca direta com sócios e o ambiente de trabalho”, pondera.

Cervejaria Ambev

É verdade: Os candidatos costumam concorrer com mais de mil pessoas por vaga. Caio Mendes, que entrou na cervejaria por meio do programa de trainee Ambev em 2016 e hoje atua como gerente de projetos, afirma que o importante é mostrar paixão pela organização, conhecimentos sobre de negócios e economia, ter multidisciplinaridade e fortes habilidades de liderança. A empresa faz a contratação na busca dos futuros líderes da companhia, então o ideal são pessoas que buscam construir uma carreira da corporação.

É mito: A companhia também não tem um número de vagas determinado para suas seleções de trainee. Eles contratam de acordo com o número de talentos que acreditam ter encontrado e no potencial de liderança dos jovens. Além disso, a Ambev não costuma contratar pessoas de fora da empresa, dando preferência para as seleções internas, o que faz com que o programa de trainee seja uma das poucas portas de entrada da companhia.

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Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar.

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