Bárbara Estudar Fora (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
São Paulo - A estudante Bárbara Cruvinel foi aprovada em três das faculdades mais importantes dos Estados Unidos: Yale, Columbia e Boston University. Bolsista desde o início do colegial, ela foi medalhista em diversos torneios internacionais de física e matemática. Seu desejo é tornar-se uma pesquisadora de física experimental .
Mas, apesar de ter sido aprovada, Bárbara não tem dinheiro para pagar a taxa de inscrição nas universidades, que gira em torno de 100 mil dólares. "O crowdfunding foi a saída que encontrei para não perder a chance de estudar fora", afirmou a estudante paulista à INFO.
Junto com outros seis alunos que também não conseguiriam pagar suas inscrições, ela criou um site de financiamento coletivo, o Apoie um Talento. A página chamou a atenção da Fundação Estudar, instituição que concede bolsa de estudos para jovens brasileiros com alto potencial.
O Apoie o Talento foi integrado ao Estudar Fora, um recém-lançado portal de informações para alunos que desejam estudar fora do pais, com dados sobre as universidades estrangeiras e dicas para quem quer tentar uma vaga. Bárbara está ao lado de outros 13 alunos que também buscam estudar no exterior por meio de financiamento coletivo.
A intenção do site é que os próprios alunos ajudados financiem os que vierem depois deles. Os estudantes que se beneficiarem com o dinheiro arrecadado por meio do crowdfunding terão 20 anos para devolver a quantia. "O objetivo é criar um ciclo de doações. O dinheiro que pagarmos será usado para que outros alunos também consigam ir estudar fora", diz Bárbara.
Após 60 dias de arrecadação, Bárbara arrecadou pouco mais de 37 mil reais, que correspondem a 34,8% do valor mínimo que precisa ser arrecadado por cada estudante. As doações podem ser feitas até o final de julho.
Bárbara pretende voltar ao Brasil após terminar a faculdade. Seu sonho é criar uma fundação de apoio para alunos que participem de olimpiadas escolares, como ela. "Os campeonatos e disputas entre estudantes são a melhor forma de estimular que jovens se interessem pelas matérias da escola. Infelizmente, eles tem muito pouca estrutura por aqui", afirma.