Inglês: “É uma comprovação com selo de garantia internacional" (TongRo Images/Thinkstock)
Luísa Granato
Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 8 de janeiro de 2019 às 09h10.
São Paulo - Após terminar seu curso de inglês, Lucas Rigonato se deparou com um dilema: será que ele deveria tirar um certificado?
Ele ficou diante de diversas siglas desconhecidas e decidiu testar seus conhecimentos aplicando para o TOEFL. A sigla significa "Test of English as a Foreign Language", a prova padronizada que ajuda a comprovar o nível de inglês de estudantes do mundo inteiro.
“Eu fiz o exame por acaso, não tinha nada em mente, mas quando vi a chance de me inscrever em um programa para atuar como professor em Washington, por ter o certificado, pude participar”, conta Lucas.
Em 2015, ele foi aprovado no programa de intercâmbio educacional da Fulbright, renomado instituto de bolsas de estudo para os Estados Unidos, e pode atuar como professor língua e cultura brasileira na Catholic University of America por um ano.
Quando retornou ao Brasil, Lucas conta que a experiência abriu muitas portas na sua carreira e hoje ele trabalha como coordenador acadêmico na Cultura Inglesa.
“Fiz a prova sem ter muita certeza para o quê serviria, mas tive sorte de ter o certificado no momento necessário”, fala ele.
Segundo Helena Nagano, gerente de exames da Cultura Inglesa, a certificação é um passaporte para qualquer plano que um estudante tenha para estudar ou trabalhar fora do país - ou até mesmo dentro do Brasil.
“É uma comprovação com selo de garantia internacional, que as empresas e escolas reconhecem e valorizam. Apenas colocar que possui o conhecimento de inglês no currículo não é suficiente”, diz ela.
Segundo a pesquisa "English at Work", da organização Cambridge English, ter um bom nível de inglês no Brasil traz um aumento nas oportunidades dentro das empresas. A pesquisa usou dados de 5.300 empregadores em 38 países e descobriu que o nível de inglês ajuda a avançar mais rápido na carreira e a receber melhores salários.
Não é a toa que essa informação é uma das mentiras mais comuns que candidatos colocam no currículo. Após terminar o curso, sem o uso prático da língua, é difícil estabelecer se seu inglês é intermediário, avançado ou fluente.
No Brasil, 62% dos entrevistados na pesquisa acredita que o inglês é uma habilidade importante para os negócios e 78% dos gestores da alta liderança têm as habilidades em inglês necessárias para ter sucesso em seus trabalhos.
A gerente observou um crescimento na procura por certificados, o que vê como positivo.
“Vemos muitos alunos e profissionais que já perderam oportunidades por não ter um documento desse tipo. É preciso se preparar com antecedência, saber qual o certificado mais adequado para sua necessidade e objetivos para garantir seu sucesso e empregabilidade”, comenta.
Ela sugere que as pessoas façam uma preparação gradual para as provas, tirando dúvidas com professores e os sites de instituições de confiança. Conhecer as diferentes provas e como funcionam vai ajudar no desempenho. “Saber a língua não garante a aprovação, a preparação para a prova é essencial”, explica.
Para escolher um certificado, Alberto Costa, responsável pedagógico de Cambridge Assessment English, recomenda começar fazendo um teste gratuito e online pelo site da organização.
Por meio de diversas ferramentas e avaliações disponíveis ali, o usuário pode ter certeza do seu nível de conhecimento do idioma e acompanhar sua evolução. Além de treinar as diferentes habilidades exigidas nas provas de proficiência, como escrita ou compreensão, e acompanhar sua evolução.
Assim, fica mais simples escolher um exame para prestar e estudar para conseguir uma boa nota. “A melhor forma de se preparar é focar em duas áreas: o seu desenvolvimento da língua e a preparação das habilidades do exame”, explica Costa.
Os especialistas também recomendam que os interessados se familiarizem com a estrutura de cada prova, procurando escolas especializadas com cursos preparatórios ou por meio de recursos online.
A Cambridge tem a série de certificados mais reconhecidos e para todos os níveis, começando pelo Starters, que avaliam crianças de 7 a 12 anos, e evoluindo até o CPE, que comprova a proficiência no idioma.
No caso do Lucas Rigonato, de um intercâmbio acadêmico, instituições de ensino superior (e até empresas) pedem por certificados que avaliam conhecimentos mais específicos. O TOEFL e o IELTS são os mais conhecidos e aceitos internacionalmente.
Na websérie “O que você precisa fazer para estudar fora?”, uma parceria entre EXAME e o portal Estudar Fora, um dos episódios explica detalhadamente as diferenças entre cada prova.