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‘Afeto é estratégia’: como o co-fundador da Dengo está moldando o futuro da liderança

Empreendedor aposta em vínculos genuínos e cultura forte para crescer sem perder a essência

Loja da Dengo (Fonte: Google | Reprodução)

Loja da Dengo (Fonte: Google | Reprodução)

Publicado em 5 de junho de 2025 às 14h39.

Fundada em 2017 com a missão de gerar renda para pequenos produtores de cacau e entregar ao consumidor um chocolate de alta qualidade, a Dengo Chocolates avança em 2025 com 53 lojas no Brasil e duas em Paris.

A marca atua no segmento premium, com foco em ingredientes naturais e na valorização da biodiversidade brasileira.

Segundo o co-fundador e conselheiro Estevan Sartoreli, o crescimento rápido da empresa trouxe a necessidade de fortalecer a estrutura de liderança.

“Somos ainda uma marca pouco conhecida, mas quem conhece é apaixonado”, afirma.

O desafio agora é escalar o negócio sem abrir mão da identidade construída nos primeiros anos.

Construção de cultura e liderança

Sartoreli explica que, nos primeiros anos da Dengo, o foco era viabilizar a operação.

“No começo, é tudo muito no braço, com os recursos que se tem”, diz.

"“Começar um negócio do zero é desafiador. No Brasil, às vezes, você precisa vender o jantar para comprar o almoço.”"

Nos últimos 18 meses, a empresa iniciou um processo estruturado de desenvolvimento de lideranças.

O objetivo é sustentar a expansão nacional e internacional com uma base cultural sólida.

“Percebemos que não dava mais para improvisar. Precisávamos construir uma ‘geologia’ cultural forte, com parceiros certos e líderes preparados para lidar com a incerteza.”

Nova abordagem de gestão

De acordo com Sartoreli, formar líderes não se resume a técnicas de gestão ou ferramentas.

“Liderança não é sobre frameworks, é sobre princípios”, afirma.

Para ele, as práticas que antes eram consideradas eficazes contribuíram para problemas como burnout e desengajamento nas empresas.

“O que eu tenho me perguntado é: quais são as novas práticas que queremos criar?”, diz.

A resposta, segundo ele, passa por vínculos genuínos, respeito e valores humanos como base da gestão.

Afeto como estratégia empresarial

A Dengo defende que o afeto não é apenas um valor simbólico, mas um recurso estratégico. Sartoreli afirma que o conceito de afeto está presente desde a cadeia produtiva até o atendimento nas lojas.

“Trabalhar com vínculo e respeito por quem planta, colhe e consome é o que sustenta o negócio no longo prazo.”

A marca busca crescer com consistência, mantendo sua proposta de valor centrada em responsabilidade social e identidade brasileira.

“O mundo não precisa de mais empresas tentando parecer humanas. Precisa de empresas verdadeiramente humanas”, resume Sartoreli.

Ao priorizar a cultura organizacional e a liderança com propósito, a Dengo aposta em diferenciais que vão além do produto.

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