Ed Motta: declarações polêmicas nas redes sociais (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2015 às 12h18.
Na semana passada, o cantor, compositor e multi-instrumentista Ed Motta foi alvo de muitas críticas devido a declarações em sua página oficial. Muita gente compreendeu literalmente alguns fatos e, na velocidade hiperbólica das mídias sociais, surgiram inúmeras palavras infelizes.
Em 2013, porém, Ed lançou o elogiadíssimo álbum AOR. Uma das canções, Ondas Sonoras, composta por Adriana Calcanhoto, tem a irretocável participação do guitarrista David T. Walker e estes trechos:
“(...)
Ondas sonoras
A banhar as tardes, de sol
E o que mais vier
Quando ele se pôr
Ouvir
Nessa canção
Nossa canção
Baby, ouvir
Nossos sinos,
Nossas coisas
Como ondas sonoras, a banhar
Nossas tardes de sol
Lambendo tudo que nos acontece
Perto do mar
(...)”
Na primeira estrofe citada, a despeito de toda a beleza musical, percebe-se um desvio muito comum em nossa Língua, em relação à conjugação verbal do verbo “pôr”.
Primeiramente, lembremo-nos de que a conjunção “quando” remete ao futuro do subjuntivo.
Tal futuro do subjuntivo (modo verbal da incerteza, desejo ou futurístico) é formado a partir da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (eles puseram), eliminando-se a terminação -am, ou seja, a forma “puser”.
Em suma, por questões de subjuntivo, é gramaticalmente adequado registrar “aquilo que mais vier quando ele se puser”.
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