Livro com mapa ao fundo (Sanja Gjenero / SXC)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2016 às 14h30.
Na semana passada, assisti a uma terrível derrota do meu time para o Oeste, de Itápolis. Triste, comecei a indagar-me sobre a origem do termo ITÁPOLIS. Logo, deparei-me com um fato extremamente curioso: "ita-" é um prefixo tupi, que significa pedra. Como "pólis", do grego, remete a cidade (cidade-estado), Itápolis é a cidade da pedra.
Você já pensou sobre a quantidade de nomes de cidades com "ita-"? Em Minas Gerais, existe ITAJUBÁ - rio das pedras. Os sergipanos e os paraibanos conhecem bem a cidade ITABAIANA: resultado da união dos sufixos "Ita", "Taba" que significa aldeia (taba indígena) e "Oane" que significa alguém.
Sobre a origem dos nomes dos estados citados, é igualmente interessante a origem:
MINAS GERAIS - devido à grande quantidade de ouro e outros metais preciosos, a região ganhou esse título.
SERGIPE - deriva do termo tupi "si'ri-'y-pe", que significa "no rio dos siris".
PARAÍBA - também de origem tupi, significa rio ou mar (pa'ra), ruim (aíba); é, portanto, um rio não navegável ou pouco piscoso.
Ainda sobre os lugares, ocorre sempre uma dúvida: quando devemos usar o artigo antes? É "em Recife" ou "no Recife"?
Infelizmente, carecemos de um padrão. Assim sendo, sugere-se o respeito ao uso local: os recifenses usam apenas a forma NO RECIFE, apesar de algumas regiões insistirem na ausência do artigo.
Sempre sinfônico, lembremo-nos de Caymmi: "Ai, ai! Que saudade eu tenho da Bahia!"
Outro bom exemplo está no uso do artigo antes de Tocantins: quem nasce em Palmas nasce no Tocantins. No Tocantins e ponto-final.
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