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A nota que o brasileiro dá para sua relação com o trabalho não é tão baixa

Confira como anda a satisfação de brasileiros de 12 capitais com a qualidade de vida proporcionada pelo emprego

Bloco de notas (Thinkstock/Thinkstock)

Bloco de notas (Thinkstock/Thinkstock)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 25 de junho de 2018 às 15h00.

Última atualização em 25 de junho de 2018 às 15h00.

São Paulo - Você divide bem seu tempo entre vida profissional e pessoal? Se sim, você pertence a uma maioria que acredita que possui um equilíbrio entre as duas.

No Mapa da Qualidade de Vida 2018, pesquisa realizada pela Viva Real, 65% dos entrevistados avaliaram bem o equilíbrio de sua vida pessoal em relação ao trabalho, dando notas a partir de 7, numa escala de zero a 10.

A média geral obtida pela pesquisa foi de 6,3. A empresa do grupo ZAP realizou a primeira edição da pesquisa com quase 4 mil residentes de 12 capitais brasileiras.

Porto Alegre e Curitiba foram as cidades com maior satisfação com sua qualidade de vida em relação ao emprego, com notas médias de 6,4 e 6,8, respectivamente. Residentes de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte indicaram nota média de 6,2.

As respostas não tiveram diferenças significativas entre os gêneros. No entanto, as notas médias variam entre faixas etárias e de renda. Conforme aumenta a renda, menor fica o peso do trabalho na vida da pessoa.

Os jovens, com 18 a 34 anos, estão mais insatisfeitos com a divisão de tempo dentro e fora do escritório, dando nota média de 6,2. Para os mais velhos, com 55 anos ou mais, a média é 6,6.

Segundo Cristiane Crisci, gerente de inteligência de mercado do Grupo ZAP, o objetivo da pesquisa era observar os fatores que interferem na qualidade de vida das pessoas. “Como é a primeira edição da pesquisa, só conseguimos medir o momento atual. Pretendemos amplia-la na próxima edição e começar um real diagnóstico”, explica.

Horário fixo é regra para 53% dos entrevistados

Para a gerente, um fator de destaque é o modelo de trabalho: 1 em cada 3 pessoas usufrui de jornada flexível. A maioria, 53%, respondeu que ainda precisa cumprir horário fixo, enquanto 15% responderam que têm o benefício do home office e apenas 2% já trabalharam em espaços compartilhados (coworking).

A tendência de aumento de alternativas ao expediente de horário leva Cristiane Crisci a crer numa possível mudança desses números nas próximas edições das pesquisas. Ela dá como exemplo o escritório do Viva Real, onde os funcionários podem fazer até dois dias de home office. “Todos concordam que a produtividade aumentou”, fala.

 Oportunidade de emprego em baixa

A avaliação da oferta de emprego nas 12 cidades teve média geral baixa: de 4,3. A pesquisa vale para algumas das maiores capitais do país: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Vitória.

A média para jovens fica um pouco acima da média geral, com nota 4,7. Enquanto para os idosos (60 anos ou mais), ela cai bastante, para 2,7.

Em geral, a população vê com pessimismo as oportunidades profissionais no país. A gerente de inteligência de mercado vê essa estatística como muito forte e uma influência da alta taxa de desemprego. “Conforme a economia se recuperar e mais pessoas estiverem empregadas, as pesquisas futuras terão um cenário diferente para mostrar”.

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