Michael Silverstein, do BCG: pesquisa com 20.000 mulheres em 21 países (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 10h41.
São Paulo - De passagem pelo Brasil, onde participa do evento HSM Expo- Management, o pesquisador americano Michael Silverstein, diretor do Boston Consulting Group (BCG), falou com a VOCÊ S/A sobre seu livro Women Want More, uma pesquisa com mais de 20.000 mulheres de 21 países sobre a revolução social promovida por seu ingresso em massa no mercado de trabalho e as consequências econômicas, sociais e culturais de seu ganho de poder.
VOCÊ S/A - Quais são as principais características da chamada economia feminina?
Michael Silverstein - Essa nova ordem social acontece quando as mulheres ganham espaço na força de trabalho. À medida que os salários delas progridem, muda o equilíbrio de poder em casa. Quando elas começam a ganhar mais do que o marido, passam a ser delas as decisões de consumo, como quando a família sairá de férias e quando comprar um novo carro.
VOCÊ S/A - Por que o senhor conclui que as mulheres não estão felizes?
Michael Silverstein - Com as conquistas, vêm responsabilidades extras, e elas estão sobrecarregadas. Agora, as mulheres se preocupam mais do que antes com dinheiro e estabilidade no trabalho, sem deixar de dar atenção à casa e à educação dos filhos.
VOCÊ S/A - O que fazer para reter os talentos femininos nas empresas?
Michael Silverstein - Quando têm filhos, muitas mulheres se afastam do trabalho por um a cinco anos. Na Suécia, há licença-paternidade paga, de 18 meses, para homens e mulheres, o que divide entre os dois essa responsabilidade.