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Por que é tão difícil colaborar nas empresas?

Pouca gente compreende que contribuir é um processo, que depende de comunhão de valores, ética, clareza e prática cotidiana

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 15h51.

São Paulo - Em minhas conversas com executivos, tem sido uma constante a reclamação que todos relatam sobre a enorme dificuldade de se obter a colaboração das equipes.

Entre as razões enumeradas estão:

1 problema de conflito de gerações; 

2 momento histórico de crescimento do individualismo;

3 diferenças entre as expectativas de cada parte; e

4 uma transformação na visão de como a liderança deve ser exercida.

Acho que um pouco de cada um desses fatores interfere, mas a principal dificuldade é entender a colaboração como um processo que tem condicionantes e etapas a serem cumpridas. 

Vamos avaliar o processo de colaboração passo a passo. O processo começa pela exigência da comunhão de valores. Se o grupo não compartilha valores, dificilmente o processo ocorrerá. E não basta ter crenças comuns, é necessário praticar os valores e apontar exemplos vivos.

Em segundo lugar, a colaboração exige um ambiente ético: o combinado tem de valer para todos e o objetivo deve ser o bem comum. Em terceiro lugar, deve existir uma clareza nos objetivos para que eles sejam entendidos e assimilados.

Por último, é importante lembrar a premissa de que os resultados precisam ser compartilhados. Na verdade, é absolutamente necessário repartir não só os números, mas também o sucesso, que é intangível. 

Durante o processo de execução de uma tarefa coletiva, um dos princípios da colaboração é que cada parte envolvida perceba qual foi sua contribuição durante e ao término do processo. Também é importante que exista um enorme respeito pelas características de cada indivíduo.

Obter a colaboração de um grupo não significa pasteurizá-lo na tentativa de torná-lo homogêneo. É a heterogeneidade que dá força ao grupo e o faz único e eficaz. É encantador, por exemplo, ver o processo de colaboração que ocorre entre os jogadores e as jogadoras no vôlei. Ocorre-me perguntar: será que não é esse processo de colaboração o elemento que está faltando a uma boa parte das nossas equipes de futebol?

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