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‘A decisão de não usar mais o dólar foi comercial’, diz Caito Maia sobre negociação com a China

O fundador da Chilli Beans se posicionou em sua rede social sobre a medida, anunciada no podcast ‘De frente com CEO’, da Exame

Caito Maia, fundador e CEO da Chilli Beans: ‘Não é de hoje que a gente mexe o molho pra sobreviver de oportunidades que tem na nossa mão. Vamos fazer o nosso negócio acontecer’ (Leandro Fonseca /Exame)

Caito Maia, fundador e CEO da Chilli Beans: ‘Não é de hoje que a gente mexe o molho pra sobreviver de oportunidades que tem na nossa mão. Vamos fazer o nosso negócio acontecer’ (Leandro Fonseca /Exame)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 17 de agosto de 2025 às 10h07.

Última atualização em 17 de agosto de 2025 às 10h29.

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“Eu gostaria de deixar muito claro para vocês que foi uma decisão absolutamente comercial. A gente viu uma oportunidade de reduzir o custo de importação”, disse Caito Maia, fundador e CEO da Chilli Beans, em sua rede social.

O posicionamento tem relação com à medida que o empresário tomou neste ano. Pela primeira vez a empresa começou a negociar diretamente com a China em moeda chinesa, e não mais em dólar. A informação foi dada durante o podcast De Frente com o CEO, da EXAME.

Na mesma publicação, o empresário explicou que, em um cenário de alta de custos e margens mais apertadas, a mudança de moeda foi uma forma de evitar repasses ao consumidor.

“Um produto como esse ia sair mais caro. A gente ia ter que repassar isso para o consumidor, gerando inflação. E aí, a gente achou um caminho muito interessante”, disse Maia.

Veja aqui a entrevista de Caito Maia no podcast "De frente com CEO"

Uma mensagem aos empresários

O CEO aproveitou para estimular os ouvintes a olhar para os negócios sob uma ótica prática, deixando de lado disputas ideológicas.

“Eu queria provocar você: não leve para o lado político e sim para o lado comercial. Meu velho, meu guerreiro, minha guerreira, olhe pro seu negócio. Não gaste energia do que tá fora, gaste energia do que tá na sua mão, que você pode controlar. O quê? Custo, logística, toda essa parte tá na nossa mão. A gente tem obrigação de mexer”, afirmou.

Antecipando tendências em um mundo incerto

Para Maia, a decisão também reflete um movimento de adaptação diante de um cenário global volátil.

“A gente tá antecipando o futuro mesmo, cara. A gente não sabe desse mundo maluco que tá acontecendo, a gente não sabe o que vai acontecer. Eu não vou deixar de perder a oportunidade agora de fazer as coisas mudarem e seguir em frente”, disse.

O empresário lembrou ainda que a Chilli Beans, com 30 anos de mercado, sempre sobreviveu a partir de ajustes rápidos e aproveitamento de oportunidades.

“Não é de hoje que a gente mexe o molho pra sobreviver de oportunidades que tem na nossa mão. Vamos botar pra quebrar, vamos fazer o nosso negócio acontecer, vamos ver oportunidade. Eu conto com vocês, eu acredito em vocês. Vamos seguir em frente, vamos acreditar no nosso sonho.”

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