Post It Flags, da 3M (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 18h08.
Sumaré - Muitos funcionários da 3M falam com orgulho da organização. Contam da surpresa que tiveram quando conheceram a diversidade de produtos e perceberam o quão inovadora é a companhia. A multinacional americana produz mais de 50 000 itens em seis unidades de negócios.
Quem trabalha na área de desenvolvimento elogia também o investimento no aprimoramento acadêmico. A empresa oferece bolsas de estudo e chega a dar um dia de folga na semana para mestrandos e doutorandos com pesquisas pertinentes à sua área de atuação. No Brasil, há cerca de 140 cientistas e técnicos.
Nos 65 países onde a companhia está presente, eles são mais de 7 000. Entre os empregados que não fazem parte desse grupo, não há tantos elogios quando o assunto é investimento em educação. Eles reclamam de falta de clareza sobre as bolsas e de pouca disponibilidade de subsídios, especialmente para cursos de graduação.
Outra fonte de reclamação é a lentidão na carreira. É muito comum as pessoas começarem e encerrarem suas trajetórias na 3M.
O que, por um lado, mostra que é um lugar para se fazer carreira para toda vida, por outro, que o crescimento lá nem sempre é tão rápido quanto a moçada gostaria. O turnover da subsidiária brasileira, que tem 3 900 empregados, não chega a 8%. Em muitos casos, a 3M se torna uma referência que passa de pai para filho.
É o que aconteceu com Fernando do Valle, diretor de recursos humanos, filho de um ex-funcionário, que tem 26 anos de casa. O diretor argumenta que a estabilidade não deve ser vista como um entrave pelos jovens.
“A diversidade da companhia dilui esse problema. Costumo dizer que há seis diferentes empresas dentro da 3M e bastante mobilidade interna. Eu mesmo estou na minha quarta carreira sem nunca ter pedido demissão”, diz Fernando, que ingressou aos 18 anos, trabalhou na área financeira, na controladoria, no planejamento e há quatro anos está no RH.